ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 116-1


Poster (Painel)
116-1Avaliação da Ação Bactericida do Ácido Acético e Cloro em Alface (Lactuca sativa) Convencional
Autores:Diane Sebben (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Giovana Cavagnari (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Wilma Spinosa (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

INTRODUÇÃO Os vegetais são alimentos importantes e fornecem nutrientes essenciais que trazem benefícios à saúde. A ingestão de hortaliças cruas pode transmitir doenças infecciosas e foram responsáveis por 12,5% dos surtos ocorridos no Brasil entre 2000 e 2011 (BRASIL, 2011). Usualmente consumidas cruas o processo de higienização é o único tratamento recebido entre cultivo e consumo. Se a lavagem e sanificação forem conduzidos de forma inadequada poderá ocorrer transmissão de doenças. Procedimentos eficientes de desinfecção são necessários para obtenção de hortaliças inócuas. O trabalho teve como objetivo avaliar a ação bactericida do ácido acético (concentração 50%) e de solução de hipoclorito de sódio (concentração 0,96% cloro) em alface (Lactuca sativa) submetida a contaminação com E. coli. MATERIAIS E MÉTODOS Amostras de alface foram adquiridas em mercado de Londrina–PR e submetidas a contaminação com cepas de E. coli. Para desinfecção diluiu-se 6 ml de solução à base de cloro em 1 L de água por 15 min e 200 ml de ácido acético em 1 L de água por 10 min, em 250 g da amostra contaminada. Após foi realizado a contagem de Coliformes Totais, 45°C e E. coli. RESULTADOS E DISCUSSÃO As análises foram realizadas em amostras controle (sem desinfeção) e tratadas com cloro e ácido acético, nas diluições -1, -2 e -3. Nos resultados obtidos para desinfeção com cloro, duas amostras da diluição 10-³ não apresentaram contaminação. Na desinfecção com ácido acético uma amostra da diluição 10-¹, duas amostras da diluição 10-² e três amostras da diluição 10-³ não apresentaram contaminação. Observou-se que a contaminação foi efetiva e que o ácido acético teve melhor ação sobre as amostras contaminadas. Os valores mais prováveis (NMP) de coliformes 45° foram calculados e encontrou-se 2.400 NMP/ml na amostra controle, 460 NMP/ml na amostra sanitizadas com cloro e 15 NMP/ml na amostra sanitizada com ácido acético. Os testes bioquímicos mostraram resultados positivos para E. coli. CONCLUSÃO Constatou-se que o ácido acético demonstrou um melhor efeito sobre as amostras de alface contaminada. Já o tempo de imersão para desinfecção não foi adequado, pois as alfaces foram afetadas em sua aparência. Novos testes devem ser conduzidos com diferentes concentrações e tempos de imersão para a desinfecção de alfaces.


Palavras-chave:  bactericida, cloro, ácido acético, alface