ANAIS :: MICROAL 2014
Resumo: 46-1


Poster (Painel)
46-1Formação de biofilmes por Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa em diferentes superfícies utilizadas em indústrias de alimentos
Autores:COSTA, K. A. D. (IFC - Instituto Fedral Catarinense - Câmpus Concórdia) ; FERENZ. M. (IFC - Instituto Fedral Catarinense - Câmpus Concórdia) ; NUNES, J. S. (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; ALVES, E. (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; SILVEIRA, S. M. (IFC - Instituto Fedral Catarinense - Câmpus Concórdia) ; MILLEZI, A. F. (IFC - Instituto Fedral Catarinense - Câmpus Concórdia)

Resumo

Biofilmes são comunidades microbianas constituídas por células sésseis, mono ou multiespécies, aderidas superfícies embebidas numa matriz de polímeros extracelulares (exopolissacarídeos - EPS). As bactérias frequentemente produzem biofilme, algumas apresentam, naturalmente, maior aptidão que outras. Nas indústrias de alimentos, a existência de biofilmes é bastante problemática, sendo responsável por prejuízos de ordem econômica e contaminações dos alimentos. Consequentemente, pesquisas envolvendo a caracterização da capacidade de formação de biofilmes microbianos são relevantes para posteriormente desenvolver formas inovadoras, criativas e eficientes para o controle dessas comunidades microbianas. O objetivo deste trabalho foi analisar a formação de biofilmes por bactérias patogênicas e/ou deteriorantes sobre diferentes superfícies. Avaliou-se o crescimento das células planctônicas e a formação de biofilme de Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 e Staphylococcus aureus ATCC 29213 em condições laboratoriais similares às encontradas na indústria de alimentos, utilizando o aço inoxidável AISI 304 e polipropileno como superfícies de contato e analisou-se a arquitetura dos biofilmes microbianos por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os biofilmes foram incubados em shake orbital (Tecnal, Brasil) à 37ºC sob agitação constante de 110 rpm, em recipientes separados contendo o meio Trypticase Soy Broth (TSB) com o inoculo padronizado (10 8 UFC mL-1). Os cupons (20x8x1 mm) ficaram suspensos por fios metálicos esterilizados. Após 24 horas realizou-se a contagem das células sésseis aderidas nos cupons e a quantificação das células planctônicas presentes no meio. As maiores contagens de células viáveis em biofilme ocorreram para P. aeruginosa sendo 7.34 log 10 UFC/cm² em aço e 7.32 log 10 UFC/cm² em polipropileno, assim como de células planctônicas (9.34 log 10 UFC/mL). Staphylococcus aureus apresentou 4.75 log 10 UFC/cm² em aço e 5.30 log 10 UFC/cm² em polipropileno, já a contagem de células planctônicas alcançou 7.88 log 10 UFC/mL. Estatisticamente verificou-se que houve diferença significativa nas contagens das células de P. aeruginosa e S. aureus (P<0,05), tanto na forma séssil quanto planctônica. Nas imagens da MEV observou-se também que a maior adesão de células foi para P. aeruginosa. Nesse estudo concluiu-se que P. aeruginosa foi a bactéria com maior capacidade de formação de biofilme nas superfícies de aço e polipropileno.


Palavras-chave:  formação de biofilmes, bactérias patogênicas, aço inoxidável, polipropileno, indústria de alimentos