XXI ALAM
Resumo:1820-1


Poster (Painel)
1820-1INVESTIGAÇÃO DA PRESENÇA DE Staphylococcus aureus RESISTENTES À METICILINA EM MANIPULADORES DE ALIMENTOS EM HOSPITAIS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE SALVADOR - BA
Autores:Jeane Ferreira Costa (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Wellington Luis Reis Costa (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Ellayne Souza Cerqueira (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Joelza Silva Carvalho (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Lucimara Cardoso Oliveira (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA) ; Rogeria Comastri de Castro Almeida (UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)

Resumo

INTRODUÇÃO A ocorrência de S. aureus resistentes à meticilina (MRSA) em hospitais e comunidades está associada ao uso indiscriminado de antibióticos no tratamento de doenças. Estudos evidenciam que funcionários dos hospitais são responsáveis pela propagação da bactéria nesse ambiente. Os funcionários que preparam as dietas hospitalares também são agentes disseminadores, portanto é necessária a adoção de hábitos de higiene pessoal para evitar a contaminação das dietas. O objetivo desse estudo foi investigar a presença de MRSA em mãos e fossas nasais de manipuladores de alimentos dos hospitais públicos de Salvador-BA. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi desenvolvido com 140 manipuladores de alimentos de 10 hospitais públicos de Salvador-BA. Amostras de mãos e fossas nasais coletadas com suabes foram investigadas quanto à presença de estafilococos coagulase positiva. Isolados confirmados como coagulase positiva foram submetidos aos testes de resistência/sensibilidade aos antibióticos penicilina G, eritromicina, tetraciclina, oxacilina, cefoxitina, vancomicina e ciprofloxacina, utilizando-se a técnica de disco-difusão. S. aureus foi caracterizado como meticilina-resistente (MRSA) ou meticilina-sensível (MSSA), de acordo com a resistência a oxacilina ou a oxacilina e a cefoxitina. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Um total de 70 manipuladores apresentou estafilococos coagulase positiva. Desses 57,1% eram portadores de MRSA, sendo a maior frequência observada em amostras das copeiras dietistas, funcionárias estas responsáveis pela distribuição das refeições aos pacientes. Resultados do antibiograma indicaram 72,9% dos isolados das mãos exibiram resistência a vancomicina, 52,8% a eritromicina, 50,0% a tetraciclina e oxacilina, 32,8% a ciprofloxacina, 57,7% a cefoxitina e 93,0% a penicilina G. Dos isolados das fossas nasais, 82,5% exibiram resistência a vancomicina, 37,5% a eritromicina e tetraciclina, 20,0% a ciprofloxacina, 22,5% a oxacilina, 35,0% a cefoxitina e 90,0% a penicilina G. Esses dados reforçam a necessidade da atenção à legislação na prescrição de antimicrobianos. CONCLUSÃO Os manipuladores de alimentos dos hospitais públicos de Salvador-BA são fontes de MRSA, apresentando risco potencial aos pacientes. O uso indiscriminado de antibióticos pela população em geral deve ser evitado, pois é um dos agravantes para a presença de MRSA.


Palavras-chave:  Hospitais públicos, Manipuladores de alimentos, MRSA, Resistência antimicrobiana