Resumo

Nos últimos anos, o aumento da incidência das infecções fúngicas, bem como o registro crescente de resistência e falha terapêutica, têm impulsionado a realização de estudos na tentativa de descobrir novas drogas antifúngicas mais eficientes e com menos efeitos colaterais. Diante disso, o presente estudo investigou a atividade antifúngica do extrato clorofórmico de flor de Moringa oleifera (MFL-C) in vitro sobre espécies de Candida isoladas do camarão de água doce Macrobrachium amazonicum, bem como a toxicidade aguda in vitro de MFL-C frente larvas de M. amazonicum. Para tanto, foi realizada a avaliação da atividade antifúngica do MFL-C frente às cepas de Candida spp., por meio do método de microdiluição em caldo. Os primeiros resultados mostraram que o extrato era eficaz contra as cepas de Candida. Nos experimentos subsequentes, foram determinadas a concentração inibitória mínima (CIM) e a toxicidade do MLF-C, através do protocolo do CLSI e ensaio com larvas de Macrobrachium amazonicum, respectivamente. A determinação da CIM foi realizada frente 13 cepas de Candida spp. através de observação dos poços, considerando o poço com 80β% de inibição em relação ao controle, como a CIM. A CIM de MLF-C frente C. albicans foi de 0,41687β mg/mL, frente a C. famata 2 cepas com 3,335 mg/mL e 1 cepa com 0,83375β mg/mL, frente a C. parapsilosis 2 cepas com 1,6675 βmg/mL e 1 cepa com 0,05210 mg/mL e frente a C. guilliermondii 1 cepa com 3,335 mg/mL, 3 cepas com 1,6675 mg/mL, 1 cepa com 0,41687 βmg/mL e 1 cepa que não foi inibida. A concentração letal (CL50) para o MLF-C foi acima de 1000β ug/mL. Conclui-se assim que os extrato de M. oleifera apresenta atividade antifúngica frente cepas de Candida spp, abrindo a pespectiva de estudos na tentativa de utilizá-la como medicação alternativa no tratamento de infecções fúngicas.