XXI ALAM
Resumo:1793-1


Poster (Painel)
1793-1Utilização de nanopartículas de própolis para inibição do crescimento de Staphylococcus aureus.
Autores:Henrique Cezar Alves (CNPDIA - Embrapa Instrumentação / UFSCAR/DMP - Univ. Fed. de São Carlos - Depto. de Morfologia e Patologia) ; Cristina Paiva de Sousa (UFSCAR/DMP - Univ. Fed. de São Carlos - Depto. de Morfologia e Patologia) ; Silviane Zanni Hubinger (CNPDIA - Embrapa Instrumentação) ; Rubens Bernardes Filho (CNPDIA - Embrapa Instrumentação)

Resumo

A redução da proliferação microbiana em alimentos, por meio de conservantes, é sempre necessária, pois esta medida garante o aumento do tempo de prateleira, a segurança alimentar, além da manutenção do aspecto do produto. A utilização de antibióticos naturais, para esta finalidade, torna-se cada vez mais desejada, haja vista que o consumidor moderno tende a exigir um alimento que preserve ao máximo as suas características originais e isento de produtos sintéticos para que se atinja este objetivo. A própolis é milenarmente reconhecida por ser um antibiótico natural produzido por abelhas, para a assepsia de suas colmeias. Com o advento da nanotecnologia, possibilitou-se a utilização de quantidades reduzidas de um determinado produto, obtendo-se resultados mais satisfatórios, em virtude do aumento da superfície de contato da partícula. Neste trabalho, 30 µL de própolis verde, sob a forma de nanopartículas (NPs) em solução de álcool polivinílico a 0,47%, foram depositados sob uma lâmina de mica e deixados secar em dessecador, para determinar o tamanho das partículas obtidas com uso de microscopia de força atômica. Testes microbiológicos foram realizados com Staphylococcus aureus, em concentração na ordem de 106 células.mL-1, em meio “Plate Count Agar” (PCA) através da técnica “pour plate”, com perfurações de 8 mm no ágar, para adição das soluções e possível formação de halo de inibição do crescimento bacteriano. As concentrações das soluções testadas foram de 0,47, 0,42, 0,37, 0,32, 0,27, 0,22, 0,11 e 0,05%. As imagens obtidas por MFA mostram que as NPs de própolis começaram a se formar a partir do sétimo dia do período de preparação, com diâmetro de aproximadamente 200 nm e ao final do experimento, observou-se NPs com diâmetro médio de 40 nm. Nos testes de inibição de crescimento bacteriano, houve formação de halos a partir da concentração de 0,27%, com tamanho médio de 0,39 mm, chegando a 2,39 mm na maior concentração, de 0,47%. Estes dados são relevantes e sugerem que a utilização de NPs de própolis mostra-se eficaz na inibição de Staphylococcus aureus.


Palavras-chave:  Nanotecnologia, Própolis, Staphylococcus aureus, Microscopia de Força Atômica - MFA, Pour plate