XXI ALAM
Resumo:1772-2


Poster (Painel)
1772-2COMUNIDADE ENDOFÍTICA FÚNGICA DE Cereus jamacaru DC. EM REGIÃO DE CAATINGA
Autores:Jadson Diogo Pereira Bezerra (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Carlos Messias de Mendonça (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Wlisses Henrique Veloso de Carvalho da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Renan do Nascimento Barbosa (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Virgínia Michele Svedese (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Laura Mesquita Paiva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Jarcilene Silva de Almeida-cortez (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Cristina Maria de Souza-motta (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Micro-organismos endofíticos são aqueles que podem ou não crescer em meio de cultura e que vivem dentro dos tecidos vegetais, sem causar dano aparente para o hospedeiro. Muitos estudos têm relatado que as plantas são colonizadas por dezenas de endófitos, mostrando sua importância na estimativa da diversidade de fungos. Embora o Brasil tenha um total de 37 gêneros de espécies nativas de Cactaceae, que compreende cerca de 30% das 120 espécies registradas no Novo Mundo, há poucos estudos sobre a comunidade de fungos endofíticos associados com espécies dessa família. O objetivo deste estudo foi conhecer a comunidade de fungos endofíticos de Cereus jamacaru (Cactaceae) de floresta tropical seca (Caatinga) no nordeste do Brasil. O material vegetal foi coletado em ambiente do bioma Caatinga (Fazenda Tamanduá, Paraíba) e processado em até 48 horas. Fragmentos do cacto foram cortados em segmentos de cerca de 1 cm2 e a superfície desinfestada por lavagens sequenciais em etanol 70% durante 1 min, hipoclorito de sódio 2-3% por 3min, etanol 70% por 30s e lavados três vezes em água destilada e esterilizada. Os fragmentos foram inoculados em meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA) suplementado com antibióticos para restringir o crescimento bacteriano. Os fragmentos foram incubados a 28 ± 2 ° C por até 30 dias. A fim de verificar a eficácia da desinfestação superficial, 1 ml da última água de lavagem foi inoculada em placas de Petri contendo o mesmo meio e utilizando as mesmas condições de incubação. Para identificação dos fungos endofíticos, aspectos macro e micro morfológicos das estruturas somáticas e reprodutivas foram observados, utilizando metodologia e literatura específicas. Após assepsia, 1.215 fragmentos foram estudados e 637 fungos endofíticos foram isolados. A taxa de colonização dos fragmentos foi de cerca de 50%. Os gêneros Cladosporium e Fusarium foram mais comumente isolados, além de leveduras e Mycelia sterilia. Este estudo tem contribuído para o conhecimento da riqueza de fungos endofíticos de Cactaceae de área da Caatinga, bioma único do Brasil, que tem sido objeto de poucos estudos e evidencia a importância do conhecimento dessa diversidade microbiana subestimada.


Palavras-chave:  Cactaceae, Ecologia e taxonomia de fungos, Floresta tropical seca, Fungos endofíticos, Mandacaru