XXI ALAM
Resumo:1762-1


Poster (Painel)
1762-1Sequenciamento de genes katG, inhA e rpoB de clones de Mycobacterium tuberculosis resistentes a Isoniazida e/ou Rifampicina de pacientes com Tuberculose Policlonal
Autores:Mauricio Morishi Ogusku (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / PPGBIOTEC - Programa Multi-Institucional em Biotecnologia) ; Aya Sadahiro (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; George Allan Villarouco da Silva (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Victor Costa de Souza (FIOCRUZ-AM - Fiocruz Amazônia - Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane) ; Ana Paula Miranda de Barros (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Irineide Assumpção Antunes (SUSAM - Policlínica Cardoso Fontes) ; Joycenea da Silva Matsuda (FIOCRUZ-AM - Fiocruz Amazônia - Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane) ; Márcia Alves de Souza (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; João Vicente Braga de Souza (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) ; Felipe Gomes Naveca (FIOCRUZ-AM - Fiocruz Amazônia - Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane) ; Júlia Ignez Salem (INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia)

Resumo

O estado do Amazonas tem se destacado como detentor de um dos maiores coeficientes de incidência de Tuberculose (TB) na última década. Em 2011, a incidência de TB foi de 62,6/100.000 hab., a maior do Brasil. Vários fatores contribuem para a manutenção dessa incidência: clima tropical, desnutrição, condições precárias de moradia e saneamento básico, além das dificuldades operacionais de diagnóstico e tratamento da TB. Além disso, há relatos de ocorrência de infecções tuberculosas policlonais, ou seja, o mesmo indivíduo sendo portador de diferentes clones de Mycobacterium tuberculosis, inclusive com padrões distintos de sensibilidade aos fármacos. O objetivo do presente estudo foi realizar o sequenciamento parcial dos genes katG, inhA e ,rpoB em clones de M. tuberculosis, resistentes a Isoniazida (INH) e/ou Rifampicina (RIF), isolados de pacientes com TB policlonal. Foram incluídos escarros de 62 pacientes, cujos clones de M. tuberculosis foram caracterizados fenotipicamente para a sensibilidade a INH e RIF e genotipicamente por DER-PCR. Em 19 escarros (30,6%) foram determinadas a presença de clones sensíveis e resistentes a INH e/ou RIF, assim como a ocorrência de diferentes genótipos, indicando heterogeneidade de clones de M. tuberculosis na mesma amostra. Os ensaios de sequenciamento de DNA foram realizados em 143 clones de M. tuberculosis: 65 clones de M. tuberculosis resistentes a INH, 1 resistente a RIF, 3 resistentes a INH e RIF e 74 clones sensíveis a INH e RIF. O sequenciamento do gene katG revelou que apenas 4,4% dos clones resistentes a INH apresentaram a mutação (AGC315ACC) comumente descrita. Para o gene inhA não foram detectadas mutações para os clones resistentes a INH. Nos demais clones resistentes a INH, 83,8% não apresentaram mutações nos genes katG e inhA, enquanto 11,7% tinham mutações ainda não descritas no gene katG. Os clones resistentes a RIF exibiram as mutações no gene rpoB (CAC526TAC e TCG531TTG). A ausência das mutações comumente associadas à resistência nos genes katG e inhA a necessidade de sequenciar fragmentos maiores desses genes ou ampliar a busca de mutações em outros genes, a fim de que sejam propostas estratégias mais rápidas para a detecção de resistência em M. tuberculosis.


Palavras-chave:  Infecção policlonal, Mycobacterium tuberculosis, Resistência aos fármacos, Sequenciamento de DNA, Tuberculose