XXI ALAM
Resumo:1725-1


Poster (Painel)
1725-1ASPECTOS CLÍNICOS, EPIDEMIOLÓGICOS E LABORATORIAIS DAS INFECÇÕES POR Chlamydia trachomatis EM MULHERES NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO, RONDÔNIA
Autores:Lucinda Maria Dutra de Souza Moreira (UNIR - Fundação Universidade Federal de Rondonia / IEC/MS - Instituto Evandro Chagas/Ministério da Saúde) ; Joana da Felicidade Ribeiro Favacho (IEC/MS - Instituto Evandro Chagas/Ministério da Saúde) ; Edvaldo Carlos Brito Loureiro (IEC/MS - Instituto Evandro Chagas/Ministério da Saúde)

Resumo

Introdução: As doenças de transmissão sexual vêm assumindo papel de grande importância na saúde da população em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima-se que a cada dia, aproximadamente, um milhão de pessoas adquirem uma infecção sexualmente transmissível. Dentre as DST, as infecções por Chlamydia trachomatis tem sido cada vez mais reconhecidas e prevalentes, tanto em homens quanto em mulheres. A Chlamydia é uma bactéria Gram-negativo, parasita intracelular obrigatório, de tamanho muito pequeno 0,3 a 0,4μm. É imóvel, possui ciclo de desenvolvimento bifásico e replicação dentro de vacúolos na célula hospedeira, dividindo-se por fissão binária, formando inclusões citoplasmáticas. O objetivo deste estudo é determinar a prevalência da infecção genital por Chlamydia trachomatis em mulheres na idade fértil.Materiais e Métodos: Estudo epidemiológico de abordagem quantitativa, realizado em Porto Velho-RO, no período de março a junho de 2011, na Unidade Saúde da Família Hamilton Raulino Gondim, que atende a população leste da zona urbana do município. Foram coletadas após assinatura do TCLE, amostras de raspado endocervical de 116 mulheres na faixa etária de 15 a 55 anos. O material coletado foi depositado em lâmina com círculo de diâmetro de 5cm (Perfecta) e fixado com metanol. O diagnóstico de C. trachomatis foi realizado através do teste de Imunofluorescência Direta (IFD) com anticorpos monoclonais (Biomerieux), segundo metodologia do fabricante. Resultados: Foram examinados pelo método de IFD 116 lâminas. Destas, 70,69% apresentaram positividade para C. trachomatis, 17,24% tiveram resultado negativo e em 12,07% das lâminas examinadas não havia número de células suficientes para definição de positividade ou negatividade para cervicite por C. trachomatis. Das mulheres com resultado positivo 35,36% estavam na faixa etária entre 25 a 34 anos, 82,93% se autodeclararam pardas, 89,02% tinham filhos e 57,31% possuiam renda familiar até três salários mínimos, 59,75% delas afirmaram ter relações sexuais sem uso de preservativos e 62,20% referiram a dor pélvica como queixa freqüente. Conclusão: A prevalência de infecção por Chlamydia trachomatis causando cervicite nas mulheres examinadas mostrou-se elevada, necessitando de maior investimento na educação em saúde por parte do Programa Saúde da Família para a prevenção desta e outras DST, e suas complicações a curto e longo prazo. Palavras-Chave: Chlamydia trachomatis, cervicite, imunofluorescência direta.


Palavras-chave:  Chlamydia trachomatis, cervicite, imunofluorescência direta