XXI ALAM
Resumo:1724-1


Poster (Painel)
1724-1Psitacídeos e Passeriformes: Fonte de dispersão de leveduras patogênicas
Autores:Eduardo José de Carvalho Reis (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Flávia Almeida de Carvalho (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Mayara Gambellini Gonçalves (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Natália Seron Brizzotti (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Luciani Gaspar de Toledo (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Máira Gazzola Arroyo (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Matheus Aparecido Santos Ramos (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Elza Maria Castilho (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Cleuzenir Toschi Gomes (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) ; Margarete Teresa Gottardo de Almeida (FAMERP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto)

Resumo

A criação doméstica de psitacídeos e passeriformes vem sendo amplamente explorada, o que muitas vezes, expõe ao risco a doenças infecciosas. As aves de vida livre ou de cativeiro são carreadoras e reservatórios de fungos potencialmente patógenos ao homem e animais. Adicionalmente, o uso indiscriminado de agentes antimicrobianos (profiláticos e terapêuticos) e degermantes de gaiolas, poleiros, etc. ocorra, o evento de resistência pode ser observado nos ambientes.O objetivo da presente investigação foi avaliar a distribuição de leveduras patogênicas em excretas de psitacídeos e passeriformes, e conhecer o perfil de suscetibilidade antifúngica. No período entre novembro de 2011a abril de 2012, 65 amostras de excretas de seis espécies aviárias foram coletadas: (2) Agapornis (Agapornis roseicollis), (20) Canário Belga (Serinus canarius domesticus), (36) Calopsita (Nymphicus hollandicus), (5) Periquito Australiano (Melopsittacus undulatus, , (1) Mandarim (Poephila guttata) e (1) Pintassilgo (Sporagra magellanica), provenientes de cidades do noroeste do estado de São Paulo, Brasil. Seguiu-se a análise micológica no Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). Os isolados fúngicos foram identificados por testes bioquímicos e comerciais ID 32C (bioMérieux), e avaliação micromorfológica em ágar fubá-tween 80. Os testes de suscetibilidade antifúngica foram realizados por Difusão em Disco e microdiluição, segundo protocolos CLSI - M44 A e M27A2 para Anfotericina B,Cetoconazol, Fluconazol e Itraconazol. A positividade para leveduras ocorreu em 80% das amostras (N=52) identificando-se 86 isolados: espécies de Trichosporon e Rhodotorula mucilaginosa cada um 13,95% (n=12), Candida famata 12,79% (n=11), Candida guilliermondii 11,62% (n=10), Candida tropicalis 10,46% (n=9), Candida albicans e Kodamaea ohmeri cada 6,97% (n=6), Sporobolomyces salmonicolor 5,81% (n=5), Cryptococcus albidus 4,65% (n=4), Candida parapsilosis e Cryptococcus laurentii cada 3,48% (n=3), Cryptococcus neoformans 2,32% (n=2), e Candida lusitanea, Candida sake, Rhodotorula glutinis cada um 1,16% (n=1). Foi observado para grupos espécie-específicos alto índice de resistência e sensibilidade dose dependência os azólicos. Todos os isolados foram sensíveis à Anfotericina B.A dispersão de leveduras patogênicas e perfil de resistência antimicrobiana, aqui encontradas, conduz a inclusão novos parâmetros de vigilância nos ambientes domésticos, bem como “Pet Shop” Estudos de geo-referenciamento complementares devem incluir o monitoramento da dispersão de cepas fúngicas ambientais, resistentes, não expostas à pressão seletiva por antifúngicos convencionais da prática clínica.


Palavras-chave:  leveduras, resistência antimicrobiana, psitacídeos, passeriformes, dispersão fúngica