Resumo

A incidência de ataques de fungos fitopatógenos em plantações de hortaliças no município de Parintins/AM é constante. Isso se deve ao clima quente e úmido da região que favorece a proliferação desses agentes. Devido a agricultura no município ser de subsistência o pequeno produtor acaba sofrendo com perdas que chegam a 100% comprometendo sua renda mensal. O combate a essas pragas microscópicas se dá por meio de aplicação de fungicidas. Entretanto, nas condições ambientais dessa região que favorecem ao estabelecimento dos ataques, estas estratégias apresentam-se pouco eficientes, sem contar com as doenças que trazem para homem em longo prazo e os impactos ambientais que estes compostos químicos causam. Neste sentido urge-se a necessidade de desenvolver cultivares com resistência estável e antídotos capazes de eliminar esses patógenos sem causar grandes impactos ao meio ambiente e ao homem. Espécies de madeiras possuem compostos químicos denominados de “extrativos”, que conferem a elas propriedades de resistência ao ataque de microrganismos. Estes extrativos compreendem compostos polifenólicos que também são responsáveis pela cor da madeira além de mostrarem toxidades para alguns microrganismos deterioradores do vegetal e que podem agir contra fungos fitopatógênicos sem trazer grandes prejuízos para o meio ambiente e ao homem. O presente trabalho avaliou a atividade fungicida do extrato bruto da espécie amazônica Couratari sp contra Fusarium sp isolado da plantação de Lactuca sativa L. de pequenos produtores de Parintins/AM. O fitopatógeno foi isolado da folha com sintoma da doença e inoculado em meio de cultivo BDA para serem utilizados nos testes. O extrato foi obtido pelo processo de maceração a frio utilizando etanol como solvente. As concentrações foram preparadas com o mesmo solvente nas seguintes medidas; 0; 0,00005; 0,0001; 0,0002 e 0,001 mg/mL. Em seguida as concentrações foram adicionadas separadamente em 50 ml de meio BDA e após misturado o meio foi vertido em placa de Petri onde foi inoculado o fitopatógeno. Todo teste foi realizado em triplicata com 5 repetições cada. Após sete dias de incubação foi observado crescimento micelial dos fitopatógenos em todas as concentrações acrescidas de extrativo havendo, porém, crescimento nos meios; controle positivo onde continha 50 ml de BDA e 0,001 ml de etanol e controle negativo que continha apenas meio BDA. Conclui-se que o extrato bruto da espécie amazônica Couratari sp, em todas as concentrações testadas, apresenta potencial fungicida contra Fusarium sp obtido de Lactuca sativa. L (Alface) em plantações de pequenos produtores do município de Parintins/AM.