XXI ALAM
Resumo:1701-1


Poster (Painel)
1701-1AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE BIODEGRADAÇÃO DE MICROCISTINA POR OITO CEPAS DE Saccharomyces cerevisiae ISOLADAS DE USINA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL
Autores:Tatiana de Ávila Miguel (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Gisele M. A. Nóbrega (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Daiane Dias Lopes (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Cátia Lie Yokoyama (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Fernando Carlos Pagnocca (UNESP - Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho) ; Emília Kiyomi Kuroda (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Kiyomi Tsuji (KANAGAWA - Kanagawa Prefectural Public Health Laboratories) ; Osamu Kawamura (KAGAWA - Kagawa University) ; Elisabete Hiromi Hashimoto (UTFPR - Universidade Federal Tecnológica do Paraná) ; Ken-ichi Harada (MEIJO - Meijo University) ; Elisa Yoko Hirooka (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Cianobactérias tóxicas, a exemplo de ,Microcystis aeruginosa, produzem microcistina em águas eutrofizadas, prejudicando a saúde humana e animal. O tratamento de água convencional não remove as toxinas dissolvidas, e a utilização de agentes químicos pode causar impacto negativo no meio ambiente. Neste sentido, o biocontrole é uma alternativa promissora. Considerando as vantagens do metabolismo anaeróbio facultativo de leveduras em ambientes eutrofizados, 8 cepas de Saccharomyces cerevisiae isoladas de usina de açúcar e álcool foram avaliadas quanto ao potencial de degradação de microcistina. As leveduras foram cultivadas em água ultra-pura adicionada de YPD, contendo 1 mg/L de microcistina. Após 96 h os níveis de microcistina foram analisados por ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). O controle positivo (Sphingosinicella microcystinivorans B9) apresentou alta taxa de degradação de microcistina (94% a 99%), indicando que os parâmetros do teste foram adequados. Apenas 3 cepas avaliadas não apresentaram atividade de degradação. As demais cepas apresentaram taxas de degradação variando entre 0,7 e 70,4 %. Uma vez que parede celular de levedura é utilizada como adsorvente de toxinas microbianas, foram realizados testes para determinar se a diminuição dos níveis de microcistina após 96 h era devido à atividade de biodegradação. O teste foi realizado com a cepa VI08R, a qual apresentou a maior taxa de degradação (70,4 %). O experimento foi conduzido conforme descrito anteriormente, porém foram utilizadas células de leveduras autoclavadas, pasteurizadas e sem tratamento. Após 120 h, a taxa de redução dos níveis de microcistina foi de 5 % para células autoclavadas, 10 % para células pasteurizadas e 44 % para células sem tratamento. Os dados indicam que apenas uma pequena porcentagem na diminuição dos níveis iniciais de microcistina é devido à adsorção, e que quanto maior a concentração de células viáveis, maior a redução dos níveis de toxina, indicando que a atividade de biodegradação ocorre em S. cerevisiae VI08R. Os resultados obtidos indicam que capacidade de biodegradação de microcistina de S. cerevisiae pode ser explorada para a utilização em tratamento de água contaminada, conferindo uma nova estratégia para a diminuição do perigo associado à microcistina.


Palavras-chave:  Biodegradação, Cianobactéria, Microcistina, Saccharomyces cerevisiae