XXI ALAM
Resumo:1687-2


Poster (Painel)
1687-2Caracterização fenotípica e molecular de amostras de Enterococcus isoladas em hospitais da cidade do Natal/RN.
Autores:Mizia Karla de Carvalho Martins Costa (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Adriana Rocha Faria (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Beatriz Nascimento Monteiro da Silva (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Sabrina Ferreira Santos (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Guilherme da Silva Lourenço Carvalho (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Filomena Soares Pereira da Rocha (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Jaqueline Martins Morais (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Maria Celeste Nunes de Melo (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Lucia Martins Teixeira (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Vânia Lúcia Carreira Merquior (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

Algumas espécies do gênero Enterococcus se destacam como agentes de infecções relacionadas à assistência em saúde, em todo o mundo. No Brasil, sua importância no cenário hospitalar já foi identificada, principalmente em instituições da região Sul e Sudeste. Entretanto, em alguns estados brasileiros os dados ainda são escassos ou inexistentes. O objetivo deste estudo foi caracterizar amostras de Enterococcus isoladas de quadros infecciosos em pacientes atendidos em quatro instituições de saúde da cidade do Natal, RN, de Set/2010 a Jun/2011. Foram utilizados testes fisiológicos convencionais para a caracterização do gênero e espécies. A susceptibilidade a nove antimicrobianos foi avaliada por testes de difusão em ágar. As concentrações inibitórias mínimas para vancomicina, teicoplanina e linezolida foram determinadas por teste E. Genótipos de resistência à vancomicina e de virulência (asa1, cylA, esp, gelE e hyl) foram avaliados por ensaios de PCR multiplex. O polimorfismo genético foi determinado por PFGE, após digestão do DNA cromossômico com SmaI. Foram analisadas 117 amostras, observando-se a prevalência da espécie E. faecalis (91,4%). Taxas de resistência elevadas foram obtidas para tetraciclina (58,2%) e níveis elevados de estreptomicina (36,7%). Uma amostra de E. faecium foi resistente à vancomicina e portadora do genótipo vanA, correspondendo ao primeiro isolamento desta característica no Estado do RN. Três amostras de E. faecalis apresentaram susceptibilidade reduzida à linezolida. Dentre os marcadores de virulência, gelE foi o prevalente, seguido de esp, asa1 e cylA, (83,8%, 66,7%, 48,7% e 23,1%, respectivamente). Em E. faecalis, gelE, esp e asa1 foram os frequentes; enquanto que, em E. faecium se destacaram esp e gelE. A única amostra de E. gallinarum apresentou asa1 e cylA. O gene hyl não foi detectado. A análise por PFGE evidenciou uma elevada policlonalidade, apesar de apontar evidências de transmissão intra-hospitalar e alguns eventos de disseminação inter-hospitalar. As características de resistência e de virulência observadas e a sinalização da emergência de mecanismos de resistência importantes entre enterococos, isolados no Estado do RN, chamam a atenção para a necessidade de rastreamento desses microrganismos para o estabelecimento de políticas de controle, mesmo em regiões onde tais características ainda sejam pouco frequentes.


Palavras-chave:  Enterococcus, Epidemiologia molecular, Infecção hospitalar, Resistência aos antimicrobianos