XXI ALAM
Resumo:1687-1


Poster (Painel)
1687-1Formação de biofilmes por espécies de Streptococcus na presença de concentrações subinibitórias de ampicilina e de eritromicina.
Autores:Guilherme da Silva Lourenço Carvalho (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Beatriz Nascimento Monteiro da Silva (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Rafael Silva Duarte (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Lucia Martins Teixeira (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Vânia Lúcia Carreira Merquior (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

O gênero Streptococcus compreende espécies clinicamente importantes que são responsáveis por uma variedade de infecções. Dentre os atributos de virulência, a formação de biofilmes tem sido relacionada com o curso persistente de certas doenças estreptocócicas. O objetivo deste estudo foi investigar a formação de biofilmes por 19 espécies de Streptococcus frente a concentrações inibitórias e subinibitórias (subCMIs) de ampicilina (AMP) e de eritromicina (ERI) pelos ensaios do azul de Alamar (determinação da viabilidade) e do cristal violeta (quantificação da biomassa). A presença de DNA e proteínas na matriz extracelular foi também determinada em ensaios de destacamento, após tratamento com DNaseI ou proteinase K. Todas as amostras foram produtoras de biofilmes. A concentração inibitória do biofilme (CIB) para AMP e ERI atingiu valores superiores a 40.000 vezes se comparada a de células em cultura. O tratamento com proteinase K reduziu a biomassa para a maioria das espécies, particularmente em S. agalactiae, S. dysgalactiae subsp equisimilis, S. iniae, S. mutans, S. parauberis, S. porcinus e S. pyogenes, sugerindo a formação de estruturas ricas em proteínas. O tratamento com DNaseI resultou no destacamento dos biofilmes produzidos principalmente por S. agalactiae, S. dysgalactiae subsp. equisimilis, S. equi subsp. equi, S. pyogenes e S. urinalis. Os dados obtidos revelaram que subCMIs tanto de AMP quanto de ERI induziram a formação de biofilme, na maioria das espécies avaliadas. Porém, para S. suis não houve diferença significativa na presença de AMP; o mesmo foi observado para S. pyogenes em relação à ERI; e para S. pseudoporcinus em relação a ambos os antimicrobianos. Entretanto, biofilmes de S. iniae, S. pyogenes, S. agalactiae, S. equi subsp. equi e S. phocae apresentaram valores menores de biomassa quando expostos a subCMIs de AMP. Nossos resultados indicam que o efeito de subCMIs durante as etapas de formação de biofilmes é variável entre espécies de um mesmo gênero e para antimicrobianos diferentes, sugerindo que a presença dessas concentrações pode ativar ou reprimir mecanismos distintos daqueles que impedem sua ação sobre estruturas pré-formadas.


Palavras-chave:  Biofilmes, Concentrações subinibitórias, Streptococcus, Virulência