XXI ALAM
Resumo:1677-3


Poster (Painel)
1677-3Avaliação da descoloração do corante têxteil Índigo Carmine por Aspergillus ocrhaceus
Autores:Gianne Rizzuto Araújo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Marília Gomes da Silva Santos (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Jadson Diogo Pereira Bezerra (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Diogo Henrique Galiza Lopes (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Laura Mesquita Paiva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Cristina Maria de Souza Motta (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Dianny Carolyne Vasconcelos da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Existem diversos elementos causadores da contaminação ambiental, dentre estes a poluição causada por efluentes lançados nos corpos d’água, dos quais, grandes responsáveis são as indústrias têxteis, que descartam nos efluentes volumosos resíduos contendo, principalmente, corantes utilizados no processo de tingimento. Como forma de solucionar os problemas com despejo deste contaminantes, pesquisas apontam para a eficiência e baixo custo do tratamento com agentes biológicos, tais como os fungos. O objetivo deste trabalho foi verificar a capacidade de descoloração do corante têxtil Índigo Carmine por Aspergillus ocrhaceus em meio líquido e avaliar toxicidade dos produtos da descoloração. O experimento foi desenvolvido no laboratório de Citologia e Genética da UFPE. A espécie utilizada neste estudo A. ocrhaceus foi isolada de sedimento de manguezal de Barra da Jangada, Jaboatão dos Guararapes-PE, Brasil. Para a avaliação da capacidade de descolorir este corante em meio líquido, discos de 6 mm de cultura do fungo selecionado foi inoculado em frascos de Erlenmayer (125 mL) contendo 50 mL do meio Extrato de Malte acrescido de 0,05% (m/v) do corante avaliado. Após a inoculação, os fracos foram incubados sob condição estática, no escuro, a 28 ± 2ºC por até 15 dias. Em intervalos de cinco dias o filtrado foi utilizado para a determinação da redução da cor em espectrofotômetro (610nm). A análise da toxicidade do produto foi realizada utilizando feijões (Phaseolus vulgaris L.) desinfetados, colocados em placa de Petri contendo papel de filtro impregnado com 5 mL do material biodegradado, e o controle apenas com água destilada. O teste foi realizado em triplicata, e foram observados os seguintes aspectos: o percentual de germinação, o de crescimento da raiz e o índice de germinação. Após cinco dias de experimento a percentagem de descoloração de A. ocrhaceus foi de 100%, ou seja, em apenas cinco dias o isolado foi capaz de descolorir completamente o meio contendo o corante têxtil Índigo carmine. Quanto à toxicidade do produto degradado, foi constatado que houve germinação em 92,8% das sementes, mas o crescimento da raiz foi pequeno (19,3%), isto pode ter ocorrido devido à produção de substancias pelo fungo que inibiram o crescimento da raiz, evidenciando que o isolado de A. ocrhaceus é eficiente na descoloração em meio líquido, mas produz subprodutos de relativa toxidade, tornando a sua utilização em meio industrial, até o momento, desvantajosa.


Palavras-chave:  Biorremediação, Fungo filamentoso, Toxicidade