XXI ALAM
Resumo:1676-1


Poster (Painel)
1676-1Identificação de leveduras fermentadoras de D-xilose isoladas de ecossistemas brasileiros.
Autores:Priscila Cordeiro de Lima Carvalho (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Priscila Nogueira Boggione Guimarães (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Mariana Rocha Lopes (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Carlos Augusto Rosa (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Susana Johann (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

A busca por fontes renováveis de energia tem crescido devido à exaustão gradativa das energias fósseis e ao forte impacto ambiental causado pela queima desses combustíveis. No Brasil, o bagaço da cana de açúcar é o principal resíduo lignocelulósico, e vem sendo foco de pesquisas para o desenvolvimento do etanol de segunda geração. O bagaço, fonte de celulose e hemicelulose que geram hexoses e pentoses para os processos fermentativos, é uma matéria prima de baixo custo e disponível, já que está alocado nas destilarias. A levedura industrial Saccharomyces cerevisiae, utilizada em processos fermentativos, é capaz de fermentar hexoses como a glicose, porém é incapaz de fermentar pentoses como a xilose. Assim, há a necessidade de novos estudos por leveduras capazes de fermentar as pentoses liberadas da hidrólise da fração hemicelulósica do bagaço de cana de açúcar. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é isolar e identificar leveduras fermentadoras de D-xilose presentes em ecossistemas da Região Amazônica. Foram coletadas 100 amostras de madeira em decomposição nos estados de Tocantins e Roraima. O isolamento das leveduras foi feito utilizando meio contendo xilana ou D-xilose como única fonte de carbono. As leveduras foram submetidas a testes de fermentação de D-xilose e, posteriormente, identificadas. Foram isoladas 135 leveduras das amostras coletadas em Tocantins, agrupadas em 16 grupos morfológicos. No primeiro teste de triagem 18 leveduras apresentaram produção de gás no interior do tubo de Durham em meio contendo D-xilose, sendo que, 4 confirmaram a fermentação pela produção de etanol. Essas 4 leveduras foram identificadas como Scheffersomyces stipitis, uma espécie fermentadora de D-xilose que vem sendo amplamente estudada para aplicação em processos fermentativos de hidrolisados hemicelulósicos. As amostras do estado de Roraima apresentaram 101 leveduras, agrupadas em 11 grupos morfológicos. Essas leveduras estão em fase de teste de fermentação de D-xilose para, posteriormente, serem identificadas. Considerando a diversidade de ecossistemas, e potencial biotecnológico de micro-organismos isolados a partir de madeira em decomposição neste importante bioma brasileiro, o estudo da diversidade de leveduras na região ainda está no início. Este trabalho, portanto, representa uma pequena contribuição para o avanço das pesquisas nessa área.


Palavras-chave:  Bioetanol, D-xilose, Fermentação