XXI ALAM
Resumo:1666-1


Prêmio
1666-1EFEITO DA DENSIDADE DE PLANTAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA NA CONTAMINAÇÃO FÚNGICA E PRODUÇÃO DE FUMONISINAS EM MILHO.
Autores:Wagner Ezequiel Risso (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Denis Piazzoli (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Claudemir Zucarelli (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Thiago Montagner Souza (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ligia Manoel Martins (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Artur Kikuchi Bagatin (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Elisabete Yurie Sataque Ono (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Elisa Yoko Hirooka (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Embora, em função da competição de mercado, exista a crescente necessidade de se alcançar elevada produtividade na cultura do milho, é preciso aliá-la à manutenção da qualidade desta matéria-prima. Dentre possíveis contaminantes, Fusarium verticillioides destaca-se como fungo produtor de fumonisinas, micotoxinas que representam riscos à saúde humana e de animais. O trabalho objetivou avaliar o efeito da densidade de plantas e doses de adubação nitrogenada na contaminação fúngica e produção de fumonisinas em milho híbrido AG 9010 YG (safra 2009). O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, seguindo o desenho fatorial 4x5, que avaliaram quatro populações de plantas (60, 75, 90 e 105 mil plantas ha-1) e cinco doses de nitrogênio (0, 60, 120, 180 e 240 kg ha-1). Quando os grãos apresentaram aproximadamente 20% de umidade foram colhidas duas linhas centrais de cada parcela. Os grãos foram triturados por métodos estéreis até granulometria de 50 mesh, evitando contaminação das amostras, para proceder-se a contagem de bolores e leveduras e quantificação de fumonisinas. A contagem total de bolores e leveduras foi efetuada segundo metodologia de plaqueamento em superfície, utilizando meio ágar batata dextrose acidificado a pH 4,0 com ácido tartárico (0,1%). Fumonisinas foram quantificadas em amostras recém-colhidas de cada campo experimental (80 amostras) por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os limites de detecção para FB1 e FB2 foram de 50 e 80 ng g-1, respectivamente. Na contagem de bolores e leveduras, os gêneros que predominaram foram Fusarium spp. e leveduras com 97,5% e Penicillium spp. com 93,7%. Fumonisinas totais (FB1+FB2) variaram de 0,12 a 3,77 µg/g, sendo os maiores teores em média obtidos na densidade de 90 mil plantas ha-1 (1,86 µg/g) e os menores na densidade de 60 mil plantas ha-1 (0,92 µg/g). Os níveis encontrados estão abaixo do limite recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA-MS) (5,00 µg/g). A contagem de bolores e leveduras e produção de fumonisinas não tiveram correlação significativa (p>0,05) com a densidade de plantas e adubação nitrogenada. Os resultados indicam a necessidade de monitoramento perante o aumento na densidade de plantas ha-1 e seus efeitos na qualidade sanitária do milho. Agradecimentos: CNPq, MAPA, CAPES


Palavras-chave:  Fumonisinas, Micotoxinas, Milho