XXI ALAM
Resumo:1660-2


Poster (Painel)
1660-2Influência do gene sdiA na formação de biofilme por Escherichia coli enteropatogênica atípica
Autores:Hebert Fabricio Culler (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan) ; Cristiane Moda Mota (IBU - Laboratório de Bacteriologia, Instituto Butantan) ; Juliana Suyama Higa (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan) ; Renato de Mello Ruiz (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan) ; Vanessa Bueris (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan) ; Marcia Regina Franzolin (IBU - Laboratório de Bacteriologia, Instituto Butantan) ; Marcelo Palma Sircili (IBU - Laboratório de Genética, Instituto Butantan)

Resumo

Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) é um dos agentes etiológicos de diarréia persistente em crianças. As EPEC atípicas (aEPEC) já estão entre os principais agentes de diarréia em nosso meio e em outros países. Estudos epidemiológicos recentes têm demonstrado um aumento do número de aEPEC em relação às EPEC típicas em números de casos, e por este motivo podemos considerar aEPEC como patógenos emergentes. Amostras de EPEC atípicas se diferenciam das tEPEC por não transportarem o plasmídio EPEC adherence factor (pEAF) e não expressarem a fímbria bundle forming pilus (bfp). A adesão em células epiteliais formando microcolônias é uma característica marcante de EPEC, possibilitando a formação de biofilme. Estes são associados à persistência bacteriana e a resistência aos antimicrobianos. EPEC atípicas de diversos padrões de adesão formam biofilmes em superfícies abióticas e em superfícies celulares pré-fixadas. Sabe-se que diversos mecanismos em E. coli são controlados por sistema de Quorum Sensing (QS), incluindo a expressão de fatores de virulência e formação de biofilme. QS é um sistema de sinalização que confere à algumas bactérias habilidade em responder a moléculas químicas, denominadas de auto-indutores (AI). As bactérias são capazes de produzir, liberar, detectar e responder a estas moléculas sinalizadoras e quando estes autoindutores alcançam uma concentração critica decorrente do aumento da densidade celular, ocorre uma ativação de fatores de transcrição, alterando a expressão gênica. Essas moléculas podem ser divididas em quatro categorias; aminoácidos e peptídeos pequenos; autoindutores-1 (AI-1); autoindutor-2 (AI-2) e autoindutor-3 (AI-3). O receptor SdiA, codificado pelo gene sdiA é responsável pela detecção de AI-1 e indol, porém E. coli não produz moléculas de AI-1 detectando portanto moléculas de AI-1 produzidas por outras bactérias. O objetivo deste estudo foi verificar a relação do gene sdiA na formação de biofilme por aEPEC. Os mutantes para o gene sdiA foram obtidos através de recombinação homóloga, e analisados quanto a formação de biofilme por períodos de 24 horas de incubação através da metodologia de cristal violeta com a utilização de MPC e caldo LB . Nossos resultados preliminares com incubação de 24 horas indicam que nesse período não houve influência na formação de biofilme entre as amostras selvagens e mutantes.


Palavras-chave:  Biofilme, Escherichia coli, Gene sdiA, Quorum Sensing