XXI ALAM
Resumo:1642-3


Poster (Painel)
1642-3PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE POR Rhodotorula glutinis UTILIZANDO REJEITOS INDUSTRIAIS E APLICAÇÃO NA RECUPERAÇÃO MELHORADA DO PETRÓLEO
Autores:Geisane Priscila Messias (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisa em Ciências Ambientais) ; Leonila Maria Leandro Acioly (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisa em Ciências Ambientais) ; Dafne Luana Ribeiro (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisa em Ciências Ambientais) ; Rosileide Andrade Fontenele (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisa em Ciências Ambientais) ; Roberto Albuquerque Lima (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisa em Ciências Ambientais) ; Helvia Wawleska Casullo Araújo (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisa em Ciências Ambientais) ; Eliane Cardoso Vasconcelos (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Galba Maria Campos-takaki (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisa em Ciências Ambientais)

Resumo

Os biossurfactantes são moléculas anfipáticas, ativas em superfície produzidas por micro-organismos e que vêm recebendo crescente interesse nas últimas décadas, considerando as vantagens de biodegrabilidade, baixa toxicidade, produção a partir de fontes renováveis, estabilidade sob condições extremas de pH, temperatura e salinidade. Rhodotorula glutinis utilizada para a produção do biossurfactante foi isolada de solo do semi-árido de Pernambuco, Brasil. A levedura está descrita taxonomicamente no reino Fungi, filo Basidiomycota, classe Uredinimicetes, ordem Sporidiales e gênero Rhodotorula. No presente trabalho foi realizado a transferência de escala de produção de biossurfactante de frascos para bioreator de 5L, utilizando como micro-organismo Rhodotorula glutinis. A fermentação foi desenvolvida utilizando os rejeitos agroindustriais [manipueira (30%), resíduo de sorvete (10%) e milhocina (9%)], visando aplicação do biossurfactante na Recuperação Melhorada do Petróleo (MEOR). O biossurfactante produzido apresentou uma redução da tensão superficial da água de 72 mN/m para 36 mN/m, e obteve uma tensão interfacial de 0,7mN/m e CMC de 2%, com índice de emulsificação de 95% para o óleo queimado de motor e atividade de 1,94 (D.O580nm). O biossurfactante produzido correspondeu a 2,24 g/L, demonstrando estabilidade frente diferentes concentrações de NaCl. Os métodos de extração do biossurfactante utilizados clorofórmio-metanol (2:1), etanol e acetona corresponderam aos rendimentos de: 47%, 27% e 26%, respectivamente. Os testes de viscosidade empregados para óleos queimado de motor e de arroz, demonstrando o caráter de biodetergência quando tratados com o biossurfactante. No método usado para recuperação do petróleo bruto foi empregando uma coluna empacotada com areia (malha 48) utilizando uma solução saturada de NaCl. Os resultados obtidos demonstraram que 75 mL do biossurfactante a 2%, durante 48 h, na vazão de 1,56 mL/h-1 recuperou a fração melhorada do petróleo (MEOR).


Palavras-chave:  Biossurfactante, Rhodotorula glutinis, Rejeitos industriais, Petróleo