XXI ALAM
Resumo:1631-1


Poster (Painel)
1631-1Desenvolvimento de bandejas biodegrádaveis ativas utilizando óleo essencial de cravo como antimicrobiano
Autores:Flávia Debiagi (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Danielle C. Ferreira (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Gerson Nakazato (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Renata Katsuko Takayama Kobayashi (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Suzana Mali (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

A incorporação dos óleos essenciais (OE) em embalagens biodegradáveis pode prolongar a vida útil dos alimentos, diminuir doenças transmitidas por alimentos, responder a demanda por produtos mais naturais e diminuir a contaminação ambiental. OE de cravo apresenta efeito inibitório contra alguns micro-organismos, entretanto, sua capacidade antimicrobiana pode ser alterada em virtude da alta temperatura e pressão requeridas no processo de produção das embalagens. O objetivo desse trabalho foi avaliar dois processos (incorporação direta e pincelamento sobre a superfície da embalagem) para a produção de embalagens ativas e testar o seu efeito inibitório frente a duas bactérias, Staphylococcus aureus ATCC 6538 e Escherichia coli ATCC 8739. Para o processo de incorporação direta o OE de cravo (Eugenia caryophyllata) (Ferquima, Indonésia) foi incorporado na massa da bandeja (6,5; 8,5 e 10%) constituída de 97,5g de bagaço de mandioca e 2,5g de álcool polivnílico antes do processo de termoformagem, usado para a produção das bandejas. Para o pincelamento, o OE de cravo foi pincelado (2,5; 5,0 e 7,5%) na superfície bandejas após o processo de termoformagem. As bactérias (1,5x108 UFC/mL) foram semeadas em Agar Mueller Hinton. As bandejas foram cortadas em forma de disco e inseridas com o auxílio de uma pinça sobre as placas. Os halos de inibição foram mensurados em milímetros com uma régua, sendo os testes realizados em triplicata. Pelo processo de incorporação direta não houve formação de halo de inibição em nenhuma das concentrações empregadas. A alta temperatura empregada no processo de termoformagem pode ter alterado o efeito antimicrobiano do OE de cravo, já que o mesmo se trata de um composto volátil. No pincelamento as médias dos halos de inibição foram: 3,33 ± 5,78 mm (2,5%, S. aureus), 25 ± 0 mm (5,0%, S. aureus) e 25,67 ± 1,15 mm (7,5%, S. aureus); 0 (2,5%,E. coli), 15 ± 1 mm (5,0%, E. coli) e 16,33 ± 0,58 mm (7,5%, E. coli). Para todos os micro-organismos testados a concentração de 2,5 e 5,0% demonstraram-se estatisticamente iguais (Teste Tukey p ≥ 0,05). OE de cravo mostrou efeito antimicrobiano para as bactérias testadas, sendo que S. aureus mostrou-se mais sensível. Foi possível a produção de embalagens biodegradáveis ativas com o OE de cravo. O processo de pincelamento mostrou-se mais efetivo principalmente para a bactéria Gram positiva testada.


Palavras-chave:  óleo essencial de cravo, Efeito antimicrobiano, Embalagens ativas