XXI ALAM
Resumo:1626-1


Poster (Painel)
1626-1Perfil de resistência das cepas de Staphylococcus spp. isolados de crianças de 0-6 anos com gastroenterite aguda na região de Porto Velho, Rondônia.
Autores:Jaqueline Nascimento Barbosa (CEPEM - CENTRO DE PESQUISA EM MEDICINA TROPICAL) ; Taise Ferreira Vargas (CEPEM - CENTRO DE PESQUISA EM MEDICINA TROPICAL) ; Marilene Penati (HICD - Hospital Infantil Cosme e Damião) ; Alessandra da Costa Ribeiro (CEPEM - CENTRO DE PESQUISA EM MEDICINA TROPICAL) ; Najla Benevides Matos (FIOCRUZ RO - Fundação Oswaldo Cruz Rondônia / CEPEM - CENTRO DE PESQUISA EM MEDICINA TROPICAL)

Resumo

As bactérias do gênero Staphylococcus são microrganismos patogênicos que podem causar infecções cutâneas, oportunistas e até mesmo septicemias fatais. Poucos são os estudos sobre a patogenicidade e o perfil de resistência dos Staphylococcus em casos de diarréia infantil. O objetivo deste estudo foi conhecer o perfil de resistência dos Staphylococcus coagulase positiva (SCP) e Staphylococcus coagulase-negativo (SCN) isolados de crianças de 0-6 anos de idade internadas com gastroenterite aguda em um hospital infantil público na cidade de Porto Velho-RO. Durante o período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2012 foram coletadas 591 amostras fecais de crianças com síndrome diarréica. Para o isolamento das enterobactérias, as amostras foram semeadas em Ágar MC, ágar XLD e ágar HE. Os cocos Gram positivos (CGP) foram isolados a partir de amostras semeadas em Agar Chapman e Agar TSA. A partir dos testes bioquímicos foi identificado o total de 2.583 bactérias. Os CGP foram isolados em 51(1.97%) amostras. Dos 51 isolados 37 (72.54%) pertenciam ao gênero Staphylococcus, sendo 18 (48.64%) SCP e 19(51.35%) SCN. Os testes de resistência aos antimicrobianos foram realizados segundo a técnica de Kirby-Bauer (disco difusão), utilizando os discos para antibiograma da DME, seguindo a padronização do M02-A10 CLSI, 10ª edição. O perfil das estirpes mediante os testes com antimicrobianos demonstrou um alto nível de resistência a penicilina, ampicilina, cefoxitina, eritromicina e oxacilina, apresentando 30 (81.08%), 28 (75.67%), 16 (43.24%), 12 (32.43%) e 9 (24.32%) respectivamente. Cinco (13.51%) isolados apresentaram resistência a ciprofloxacina, rifampicina e gentamicina. Os Staphylococcus foram submetidos à técnica de PCR para pesquisa do gene mecA. Constatamos que 11 (29.73%) dos isolados amplificaram para o gene mecA, sendo 10 (27.0%) SCN. Foi observado ainda que 25 (67.5%) dos 37 Staphylococcus não estavam associados a nenhum enteropatógeno. Esses resultados demonstram a necessidade de melhor avaliar a incidência dos SCN e SNP em amostras fecais de crianças com gastroenterite aguda, principalmente no que se refere aos perfis de resistência, sendo necessária uma vigilância ativa para a triagem dos pacientes colonizados com cepas de Staphylococcus resistente a meticilina, visando diminuir os riscos de infecção nosocomial e/ou dificuldade de tratamento.


Palavras-chave:  Resistência, Staphylococcus spp, Gastroenterite aguda