XXI ALAM
Resumo:1622-1


Poster (Painel)
1622-1ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO FRUTO DE TEPHROSIA PURPUREA L. (PERS.) FRENTE STAPHYLOCOCCUS AUREUS MRSA MULTIRRESISTENTES
Autores:Felipe Neves Coutinho (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Ricardo Henrique Acre de Castro (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Ana Carolina Oliveira da Silva (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Elidiane Fonseca de Santana (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Ingrid Suely Melo de Lima (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Antonio Marcos Saraiva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

A importância das infecções nosocomiais produzidas por Staphylococcus aureus, é bem reconhecida pela sua freqüência, morbi-mortalidade e principalmente pela dificuldade de tratamento. Os glicopeptídeos têm sido usados com bons resultados no tratamento das infecções por S. aureus MRSA multirresistentes, porém, existem relatos de isolados de S. aureus com sensibilidade reduzida a vancomicina primeiramente no Japão e posteriormente nos Estados Unidos, França, entre outros países, inclusive no Brasil. Porém, já se têm relatos de isolados de S. aureus com resistência completa a vancomicina. Na procura, então, de alternativas para o tratamento destas bactérias multirresistentes, interessa a descoberta de novos compostos antimicrobianos de origem vegetal. Tephrosia purpurea L.(Pers.), conhecida popularmente como barba de bode ou anileira, pertence à família Fabaceae, é oriunda da Índia e difundida nas regiões semi-áridas do Brasil. Tem seu uso popular no tratamento de infecções da pele, garganta, como antiinflamatório e anti-séptico. A partir do fruto devidamente seco e triturado foram preparados extratos metanólicos e partições em hexano e em acetato de etila a fim de proceder aos testes de atividade antimicrobiana por técnica de poços/difusão em Agar e estudos fitoquímicos por comatografia camada delgada. Os ensaios foram realizados com cepas de Staphyloccocus aureus ( isolados clínicos MSSA e MRSA multirresistentes e cepas padrões ATCC) as quais foram identificadas e realizado o antibiograma para determinar o perfil de sensibilidade/resistência utilizando um elenco de nove antibióticos, de oito classes distintas. O extrato metanólico apresentou halos entre 12 a 19mm para as concentrações de 100mg/mL e 50mg/mL. A partição hexânica apresentou halos entre 16 a 12mm nestas duas concentrações. A partição acetato de etila apresentou halos entre 23 a 19mm para a concentração 100mg/mL e entre 20 a 15mm na concentração de 50mg/mL frente às cepas testadas. No estudo fitoquímico, todas as partes apresentaram triterpenos, flavonóides e açúcares, sendo os dois primerios relatos na literatura como possuidores de atividade antimicrobiana. A partição acetato de etila apresentou melhores resultados que a partição hexano e o extrato metanólico. O antibiograma caracterizou o carater MSSA ou MRSA para os isolados clínicos utilizados.


Palavras-chave:   extrato metanólico, Fabaceae, isolados clínicos