XXI ALAM
Resumo:1617-2


Poster (Painel)
1617-2Avaliação cromatográfica da degradação do 2,4-D pela bactéria DF07
Autores:Barbara Alvarenga Peckle (UEZO - Centro Universitário Estadual da Zona Oeste) ; Andressa Sbano da Silva (UEZO - Centro Universitário Estadual da Zona Oeste) ; Ida Carolina Neves Direito (UEZO - Centro Universitário Estadual da Zona Oeste) ; Andrew Macrae (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

No contexto agroindustrial, o uso de pesticidas se intensificou no controle de pragas, doenças e plantas daninhas. O solo é um dos reservatórios finais dos pesticidas, a partir do qual seus resíduos podem chegar aos lençóis freáticos, rios e lagos e, consequentemente, ao homem. Dentre os pesticidas mais utilizados nos solos brasileiros destaca-se o herbicida ácido 2,4- diclorofenoxiacético (2,4-D), que é utilizado em uma das principais culturas do Estado do Rio de Janeiro, a cana de açúcar. Trabalhos mostraram que microrganismos dos solos possuem capacidade de utilizar herbicidas como única fonte de carbono. A biorremediação é uma possível solução para minimizar a contaminação ambiental através da biodegradação das moléculas dos pesticidas. Estudos preliminares isolaram bactérias degradadoras de 2,4-D de solos agrícolas. O isolado DF07, bactéria gram-positivo do grupo com alto GC, é oriundo de um solo agrícola sem histórico de aplicação de 2,4-D ou qualquer outro pesticida. O objetivo desse trabalho foi observar a degradação do 2,4-D realizada por DF07, buscando identificar os subprodutos gerados a partir deste processo. O isolado DF07 foi inoculado em meio mínimo tendo como única fonte de carbono o 2,4-D. Foram realizadas coletas aos 4, 7, 14, 21 e 28 dias após a inoculação no experimento. As amostras foram analisadas por cromatografia líquida. Foram construídas curvas de calibração para o 2,4-D e os subprodutos 4-Clorofenol; 2,4-Diclorofenol; 2-Clorofenol; 2-Metilfenol e 4-Cloro-2-Metilfenol. Os resultados mostraram que após 21 dias da inoculação do experimento o pico observado no cromatograma possuía tempo de retenção e espectro semelhante ao do subproduto 2-Clorofenol. Outro pico foi observado no cromatograma obtido aos 14 dias do início do experimento, porém este não apresentou semelhança no tempo de retenção e espectro com os subprodutos empregados em nossas condições experimentais. DF07 foi capaz de biotransformar o 2,4-D, dando origem a moléculas mais polares. A presença do 2-Clorofenol como subproduto da transformação do 2,4-D pode sugerir uma etapa em comum com a rota de degradação realizada pela estirpe modelo Ralstonia eutrophaJMP134.


Palavras-chave:  Ácido 2,4 diclorofenoxiacético (2,4-D), Cromatografia líquida de alta eficiência, Biotransformação, Biorremediação, Bactérias degradadoras de herbicida