Resumo

Pesquisas atuais revelam a grande importância das actinobactérias, particularmente, do gênero Streptomyces por produzir uma diversidade de compostos bioativos, como enzimas extracelulares e substâncias antimicrobianas. Tais compostos foram objeto de vários estudos visando a potenciais aplicações dos produtos na indústria farmacêutica. As enzimas fibrinolíticas tem capacidade de degradar coágulos de fibrina formados dentro dos vasos sanguíneos, evitando a trombose intravascular, principal causa das doenças cardíacas. Essa enzima pode ser produzida por anelídeos, ofídeos e micro-organismos, como os do gênero Streptomyces. A utilização de micro-organismos para a produção de protease fibrinolítica diminui os custos do produto e o aumento da produtividade é significativo. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de protease fibrinolítica produzida por Streptomyces sp. DPUA 1573 isolado de liquens da Região Amazônica. A reativação foi realizada utilizando ISP2 durante 48h e o pré-inóculo durante as 48h seguintes. O inóculo correspondeu a 10% do meio de produção, MS2 (1,5% de farinha de soja e 0% de glicose), em frascos de 125mL em agitador orbital 150rpm à 28°C. Foram realizadas análises nos tempos de 24h, 48h, 72h e 96h de fermentação. A produção de protease fibrinolítica ocorreu em todos os tempos avaliados, com perfil crescente, tendo a maior atividade (550 U/mL) em 96h de fermentação. Também foi observada atividade proteásica durante a fermentação com valor de 0,763U/mL em 96h. Ocorreu uma diminuição na quantidade de proteínas totais do meio, o que implica dizer que a substância foi metabolizada pelo micro-organismo em função do tempo. Com os resultados apresentados, acredita-se ter um micro-organismo promissor produção de enzima fibrinolítica, podendo o gênero Streptomyces ser empregado para a produção de novos compostos bioativos.