XXI ALAM
Resumo:1614-1


Poster (Painel)
1614-1EFEITOS DA INDUÇÃO DE COLITE ULCERATIVA POR DSS EM CAMUNDONGOS BALB/c TRATADOS OU NÃO COM Bifidobacterium longum subsp. infantis CHCC2228
Autores:Samir de Deus Elian Andrade (MIC/ ICB/ UFMG - Microbiologia / ICB / Universidade Federal de Minas Gerais) ; Éricka Lorenna de Sales E Souza (MIC/ ICB/ UFMG - Microbiologia / ICB / Universidade Federal de Minas Gerais) ; Laís Mascarenhas Ribeiro de Paula (BIQ/ ICB/ UFMG - Bioquímica / ICB/ Universidade Federal de Minas Gerais) ; Angélica Thomaz Vieira (BIQ/ ICB/ UFMG - Bioquímica / ICB/ Universidade Federal de Minas Gerais) ; Mauro Martins Teixeira (BIQ/ ICB/ UFMG - Bioquímica / ICB/ Universidade Federal de Minas Gerais) ; Rosa Maria Esteves Arantes (PAG/ ICB/ UFMG - Patologia/ ICB / Universidade Federal de Minas Gerais) ; Jacques Robert Nicoli (MIC/ ICB/ UFMG - Microbiologia / ICB / Universidade Federal de Minas Gerais) ; Flaviano dos Santos Martins (MIC/ ICB/ UFMG - Microbiologia / ICB / Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

Doenças inflamatórias intestinais (IBDs) são condições inflamatórias crônicas, marcadas por remissões e recidivas, de origem idiopática, mas que possuem mediação imunológica. A colite ulcerativa (UC), uma das principais formas de IBDs, tem como tratamento padrão o uso de anti-inflamatórios e corticosteróides. O uso de antibióticos também tem sido relatado, mas aqui devem ser considerados os efeitos colaterais associados. Nos últimos anos, a utilização de probióticos no tratamento de IBDs vem ganhando atenção na comunidade médica. Este trabalho objetivou avaliar a possibilidade de uso de Bifidobacterium longum subsp. infantis CHCC2228 no tratamento de colite ulcerativa. Para isso, utilizou-se quatro grupos de camundongos BALB/c, assim divididos: 1 – controle; 2 – colite induzida, 3 – probiótico; 4 – colite induzida + probiótico. A colite foi induzida substituindo-se a água desses animais por uma solução de DSS (sulfato sódico de dextrana) a 3,5% por 7 dias. Durante este período os animais foram avaliados quanto à variação de peso, consistência das fezes e presença de sangue nas fezes; no sétimo dia os animais foram sacrificados para coleta dos órgãos. Observou-se significativa perda de peso nos grupos com colite induzida, porém o grupo 4 apresentou perda de peso significativamente menor que o grupo 2. O mesmo foi observado quando consideramos a consistência das fezes e a presença de sangue nas mesmas. Observou-se, ainda, uma pequena redução do comprimento do cólon, associada a um aumento do peso do mesmo nos grupos 2 e 4. A dosagem de IgA secretora do conteúdo intestinal mostrou-se significativamente maior no grupo 2 e redução no grupo 4; o mesmo foi observado na avaliação do influxo de neutrófilos e eosinófilos para o cólon. Baseado nestes dados, pode-se concluir que a bactéria B. longum subsp. infantis CHCC2228 possui potencial probiótico. Outros estudos ainda estão sendo realizados objetivando verificar os mecanismos de ação da bactéria, bem como avaliar com maiores detalhes os níveis de proteção observados.


Palavras-chave:  Colite Ulcerativa, Probiótico, Bifidobacterium longum subsp. infantis, sIgA, MPO