XXI ALAM
Resumo:1610-1


Poster (Painel)
1610-1Propriedades emulsificantes e lipolíticas de microrganismos isolados de efluentes de indústrias de alimentos
Autores:Glauber Henrique Mantovani de Oliveira (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Fabiana Guillen Moreira Gasparin (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Marcelo Rodrigues de Melo (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Maria Antonia P. Colabone Celligoi (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

As enzimas lipolíticas ou lipases e os agentes emulsificantes denominados de biossurfantes têm aplicações promissoras em uma variedade de segmentos biotecnológicos, entre eles o tratamento biológico de águas residuárias e a biorremediação durante o derramamento de óleo. O objetivo deste estudo foi selecionar microrganismos isolados de efluentes de indústrias de alimentos como produtores de biossurfactantes e de lipases para aplicação em biorremediação de ambientes poluídos com resíduos lipídicos. A partir de uma diluição seriada do efluente até 10-6, em salina estéril, 100μL de cada diluição foi inoculado em meio mínimo solidificado contendo óleo de oliva 1% ou meio Dyg´s sólido. As amostras foram incubadas à 28oC por até 48h para o isolamento e mantidas em meio Dyg´s a 4oC por até 30 dias. Para a produção de biossurfactante os microrganismos foram cultivados em meio mínimo contendo glicose 1% ou óleo de oliva 1%. A seleção de bactérias produtoras de biossurfactante foi realizada pelo teste do índice de emulsificação no qual 2 mL do extrato bruto foi misturado com 2mL de querosene e agitado em velocidade máxima em vórtex por 2 minutos. Após 24 horas de repouso da camada de emulsificação foi determinado o índice de emulsficação que é a razão entre a altura do volume total do líquido pela altura da camada emulsificada. O teste foi realizado em triplicata e os resultados apresentados como porcentagem da camada de emulsificação. A atividade lipolítica dos microrganismos foi determinado pelo teste da Rodamina, realizado em duplicata. A capacidade lipolítica e emulsificante foi estudada em 23 isolados. Em 7 exemplares foi encontrado tanto atividade lipolítica quanto capacidade emulsificante, enquanto que, 13 demonstraram somente capacidade de emulsificação e 3 isolados apresentaram apenas propriedade lipolítica. O biossurfactante pode ser de diferentes classes químicas e a fonte de carbono usada para crescimento do microrganismo pode influenciar a produção de biossurfactante. Neste estudo, 25% dos isolados usaram tanto o óleo quanto a glicose para produção do agente emulsificante, enquanto que 10% usaram o óleo e 65% usaram a glicose. Contudo, o presente trabalho traz resultados promissores de microrganismos que através das suas propriedades emulsificantes e lipolíticas podem ser usados para biorremediação de ambientes poluídos com resíduos lipídicos.


Palavras-chave:  biorremediação, biossurfactantes, efluentes, lipases