XXI ALAM
Resumo:1598-1


Poster (Painel)
1598-1CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO EFLUXO COMO MECANISMO ENVOLVIDO NA RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS EM ISOLADOS CLÍNICOS DE Mycobacterium tuberculosis
Autores:Tatiane Silveira Coelho (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul / FEPPS - Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde) ; Raquel Abreu Maschmann (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul / FEPPS - Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde) ; Fernanda Sá Spies (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Marta Osório Ribeiro (FEPPS - Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde) ; Pedro Eduardo Almeida da Silva (FURG - Universidade Federal do Rio Grande) ; Maria Lucia Rosa Rossetti (FEPPS - Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde)

Resumo

Apesar das estratégias de controle e dos avanços no conhecimento da epidemiologia da tuberculose (TB), além da biologia do Mycobacterium tuberculosis, a TB continua sendo uma das doenças infecciosas com alta mortalidade e morbidade no mundo. A maioria dos isolados clínicos de M. tuberculosis que são resistentes aos antimicrobianos apresentam mutações em genes que codificam enzimas alvos ou ativadores dos pró-fármacos. Entretanto, um número significativo de cepas clínicas resistentes aos antimicrobianos não apresentam estas mutações. Uma hipótese alternativa para a base molecular desta resistência é o mecanismo de efluxo que tem sido apontado como envolvido também com virulência ou etapa anterior ao aparecimento destas clássicas mutações. Neste sentido, este estudo busca caracterizar o sistema de efluxo em cepas possivelmente resistentes a fluoroquinolonas e aminoglicosídeos, que são importantes alternativas terapêuticas para as cepas resistentes aos antimicrobianos do esquema básico de tratamento. Foi determinada, através do método REMA (Resazurin Microtiter Assay), a Concentração Mínima Inibitória (CMI) de 23 cepas MDR (multidroga resistente) oriundas do banco de cepas do LACEN-RS. A CMI foi determinada frente a ofloxacina (OFX), amicacina (AMIC), kanamicina (KAN) e também com os antimicrobianos do esquema básico (isoniazida e rifampicina) com e sem os clássicos inibidores do mecanismo de efluxo (verapamil e reserpina). Todas cepas foram sensíveis a OFX, AMIC e KAN, porém houve redução da CMI com reserpina de ½ da CMI em três cepas para OFX, cinco para KAN e três para AMIC. Estes resultados parciais permitem inferir uma possível alteração do efluxo nestas cepas, podendo ser uma etapa anterior à resistência. Novas cepas MDR e XDR (extensivamente resistente às drogas) serão analisadas pelo mesmo método e posteriormente, serão sequenciados os genes mais comumente associados à resistência para estes antimicrobianos - AMIC e KAN (rrs); e OFX (gyrA e gyrB).


Palavras-chave:  antimicrobianos, bombas de efluxo, isolados clínicos, Mycobacterium tuberculosis, resistência