XXI ALAM
Resumo:1589-1


Poster (Painel)
1589-1GENOTIPAGEM POR SPOLIGOTYPING DE 40 ISOLADOS DE Mycobacterium tuberculosis DE INDÍGENAS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
Autores:Isabella Santos Silva (UNESP - FCFAR - Universidade Estadual Paulista-Fac. de Ciênc. Farmacêuticas) ; Adolfo Carlos Barreto Santos (UNESP - FCFAR - Universidade Estadual Paulista-Fac. de Ciênc. Farmacêuticas) ; Eunice Atsuko Totumi Cunha (LACEN/MS - Laboratorio Central de Saúde Pública do Estado do MS) ; Clarice Queico Fujimura Leite (UNESP - FCFAR - Universidade Estadual Paulista-Fac. de Ciênc. Farmacêuticas)

Resumo

Introdução: A tuberculose ⟨TB⟩ é uma doença infecciosa causada por um bacilo da espécie Mycobacterium tuberculosis. A média anual de casos notificados no Brasil está em torno de 90–95 mil casos de tuberculose ⟨novos e retratados⟩ ⁄100.000 habitantes. No Mato Grosso do Sul detectam-se em torno de 1.000 casos de tuberculose anualmente, sendo que 30% deles se verificam na população indígena, com uma taxa anual de incidência de 740 casos de todas as formas de tuberculose por 100.000 habitantes. Técnicas de biologia molecular em estudos epidemiológicos concomitantes a epidemiologia clássica, tem trazido enormes contribuições para entender melhor as relações entre os microrganismos e as doenças infecciosas. Dentre elas a técnica de Spoligotyping é discriminatória para genotipar M. tuberculosis e possibilita agrupar os isolados em famílias. Esta é considerada uma ferramenta de primeira linha para o estudo da diversidade genética de isolados clínicos de M. tuberculosis. Material e métodos: 40 isolados de M. tuberculosis provenientes de pacientes indígenas das cidades do estado do MS foram submetidos à extração de DNA pelo método de termólise e então submetidos à técnica de Spoligotyping. A presença das sequências espaçadoras características dos spoligotipos foi visualizada por manchas em um ponto fixo da membrana de hibridização. Os resultados foram comparados aos do banco de dados internacional SITVITWEB. Discussão dos resultados: Dos 40 isolados submetidos à técnica de Spoligotyping, 30 ⟨75%⟩ foram classificados na família Latin American Mediterranean ⟨LAM⟩ sendo em sua maioria classificados na sub-família LAM9 ⟨26⁄30⟩. Além da família LAM, isolados foram classificados em T ⟨8⟩ , X ⟨1⟩ e 1 deles ainda não foi classificado no banco de dados SITVITWEB. Conclusão: Os spoligotipos de M. tuberculosis predominantes na população indígena do MS, são pertencentes as famílias LAM, prevalentes no Brasil e na América Latina. Este fato é justificado pelo trânsito contínuo dos índios do sexo masculino para as grandes cidades em busca de trabalho, adquirindo a tuberculose em contato com os não indígenas. Ao voltarem para as suas aldeias trazem consigo o bacilo, contaminando demais moradores da mesma comunidade. Apoio financeiro: FAPESP ⟨2009⁄53292-3⟩ Bolsa PIBIC⁄CNPq


Palavras-chave:  tuberculose, Spoligotyping, indígenas