XXI ALAM
Resumo:1584-1


Poster (Painel)
1584-1Perfil epidemiológico das espécies de enterococos resistentes à vancomicina (VRE) 10 anos após o primeiro isolado ter sido descrito em São Paulo, Brasil.
Autores:Andrey Guimarães Sacramento (USP - Universidade de São Paulo) ; Elsa Masae Mamizuka (USP - Universidade de São Paulo) ; Marisa de Jesus de Castro Lima (IAL - Instituto Adolfo Lutz) ; Rosemeire Cobo Zanella (IAL - Instituto Adolfo Lutz)

Resumo

Nos últimos 15 anos, o VRE emergiu como um importante agente de infecção hospitalar no Brasil. Em São Paulo no ano de 1997, após a identificação da primeira cepa de VRE com fenótipo VanA, o Instituto Adolfo Lutz passou a monitorar os isolados deste patógeno circulantes no Estado. Com o objetivo de verificar o perfil epidemiológico durante o período de 10 anos, foi conduzido o presente estudo. De 1999 a 2008, 1.513 cepas de VRE isoladas de pacientes internados em 26 hospitais de São Paulo foram identificadas e avaliadas quanto à sensibilidade aos antimicrobianos. Todas a cepas foram confirmadas quanto a presença do gene vanA pela PCR e fenótipo VanA por meio do teste de sensibilidade à vancomicina. Destas, 839 (55%) foram isoladas de amostras clínicas de pacientes infectados e 674 (45%) de pacientes colonizados. Hum mil e quinze (67%) foram identificadas como E. faecalis e 498 (33%) como E. faecium. Ao avaliar a frequência destas espécies durante o monitoramento de 10 anos foi observada a predominância de E. faecalis nos primeiros sete anos estudados. A partir de 2006, observou-se um aumento progressivo de isolados de E. faecium, que resultou na inversão da prevalência das espécies, transição epidemiológica esta, que se confirmou, nos dois últimos anos. Foram selecionadas de forma aleatória 239 cepas para serem testadas quanto ao perfil de suscetibilidade a 12 antimicrobianos pela técnica da concentração inibitória mínima (CIM). Os enterococos apresentaram alto percentual de resistência às principais classes de drogas comumente administradas na clínica (aminoglicosídeos – 58%, β-lactâmicos – 60%, glicopeptídeos – 100%, quinolonas – 98,5% e macrolídeos – 97%). Portanto, este estudo representou um importante levantamento epidemiológico das espécies de VRE e o seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos no Estado de São Paulo, como o qual se teve a oportunidade de avaliar cepas oriundas de vários hospitais. Apoio: CAPES; Instituto Adolfo Lutz, Universidade de São Paulo, Projeto CCD-BM 10/96.


Palavras-chave:  Enterococcus, Epidemiologia, Infecção hospitalar, Resistência, Vancomicina