Resumo

INTRODUÇÃO: As micoses superficiais são infecções fúngicas prevalentes em países tropicais e subtropicais, devido às condições bioclimáticas podendo se localizar na pele, unha e cabelo. Elas possuem grande importância devido à facilidade de transmissão por contato direto e indireto, aumentando a incidência das dermatoses mais importantes na Amazônia. Os ribeirinhos da região amazônica praticam a medicina popular, utilizando fármacos naturais contra diversas doenças, dentre as quais, aquelas de origem fúngica. Essas infecções vêm sendo tratadas com plantas consistindo basicamente, na utilização de macerados ou chás. Esse estudo avaliou, através de bioensaios “in vitro”, a atividade antifúngica dos extratos das cascas do caule e das folhas, das espécies do gênero Vismia sp.,Capscum frutencens, Himatanthus sucuuba e Libidibia ferreafrente a Trichophyton sp., Microsporum sp. e Epidermophyton floccosum. MATERIAIS E MÉTODOS: A extração fitoquímica foi realizada com os solventes, diclorometano (DCM) e metanol (MeOH) e os extratos, concentrados em evaporador rotativo. Para a realização dos bioensaios foram utilizadas microplacas de 96 poços e meio de cultivo de Sabouraud. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: As concentrações dos extratos vegetais que apresentaram atividade fungicida foram de 16mg/mL de Vismia cayennensis, Vismia sp, L. ferrea, C. frutencens e V. guianensis para M. canis, T. mentagrophytes, T. rubrum e M. gypseum. Com as concentrações de 8mg/mL e 4mg/mL verificou-se apenas atividade fungistatica para esses fungos. Outros autores constataram que extratos metanólicos das vagens de L. ferrea Martius apresentaram atividade fungicida para T. rubrum e T. mentagrophytes, e seus extratos diclorometânicos, atividade fungistatica com 16mg/mL para T. rubrum e T. mentagrophyyes. CONCLUSÃO: Foi possível verificar também, a existência de atividades fungicida e fungistática, nos extratos vegetais de L. ferrea, V. cayennensis, V. guienensis e Vismia sp.