XXI ALAM
Resumo:1577-3


Poster (Painel)
1577-3INVASÃO E EVASÃO DE Escherichia coli ENTEROAGREGATIVA EM MACRÓFAGOS MURINOS E HUMANOS
Autores:Ana Claudia Machado Pereira (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Ricardo Luís Lopes Braga (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Maria das Graças de Luna Gomes (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) ; Ana Claudia de Paula Rosa (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

A patogenicidade de bactérias que colonizam o trato gastrointestinal, frequentemente inclui a habilidade de invadir as células intestinais, possibilitando o acesso a um ambiente protegido do sistema imune, permitindo a sobrevivência, multiplicação e/ou disseminação de célula para célula. Além disso, diversos patógenos são capazes de sobreviver em macrófagos. E. coli enteroagregativa (EAEC), patotipo de E. coli isolado de casos de diarreia aguda ou persistente em crianças, adultos e indivíduos imunocomprometidos, alberga o plasmídeo de aderência agregativa (pAA) que carreia genes de toxinas e fímbrias e é capaz de invadir e persistir em células T84. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a capacidade de EAEC invadir e evadir de linhagens de macrófagos J774 (murinos) e U9379 (humanos), através de ensaios de internalização e evasão em diferentes períodos de infecção. Em macrófagos murinos, as cepas de EAEC I34/4, H102/1 e H9/3 apresentaram índices de invasão que variaram de 0,3 a 0,7% e a cepa protótipo de EAEC 17-2 apresentou índice de invasão 2%. A cepa EAEC I49/3 teve índice de invasão de 80% após 90 minutos de interação, enquanto Salmonella, utilizada como controle positivo, apresentou índice de invasão de 17,3%. Todas as cepas de EAEC testadas foram capazes de evadir das células após 30 minutos e 60 minutos de interação. Em macrófagos humanos, a maioria das cepas de EAEC foi capaz de se internalizar, apresentaram índice de invasão que variou de 0,01 a 2,75%, e persistiram no interior das células por um período de 2 horas. Esses dados demonstram que EAEC é capaz de permanecer viável após a passagem pelo interior do macrófago, e possivelmente bloquear e/ou persistir aos eventos de eliminação de patógenos. Com base nesse resultado, evidenciamos que EAEC podem se manter e evadir do citoplasma de macrófagos. Possivelmente a localização bacteriana promoveria o sucesso do processo invasivo de EAEC no hospedeiro, assim como poderia contribuir para a persistência e egresso tardio das bactérias para a luz intestinal. O melhor entendimento da patogenicidade de EAEC contribui para a elaboração de estratégias que visem o controle da diarreia causada por esses micro-organismos. Apoio: CAPES, FAPERJ e CNPq.


Palavras-chave:  EAEC, evasão, invasão, macrófagos