XXI ALAM
Resumo:1574-1


Poster (Painel)
1574-1Detecção do fenótipo MLS (Macrolídeos, Lincosaminas e Estreptograminas) em Staphylococcus aureus isolados do sistema de transporte coletivo do município de Goiânia-GO.
Autores:Juliana Lamaro Cardoso (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Lizandra F.a.borges (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Janine A. L. Mundim (ANHANGUERA - Faculdade Anhanguera) ; Tainá C. Guerreiro (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Luciana C. Ferreira (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Lorrane S. Neves (UFG - Universidade Federal de Goiás) ; Nelson D. Oliveira (PADRÃO - Faculdade Padrão) ; Cristhian C. Ribeiro (PADRÃO - Faculdade Padrão / METROBUS - Metrobus) ; Marica Cláudia D.p.b. André (UFG - Universidade Federal de Goiás)

Resumo

A transmissão de Staphylococcus aureus ocorre primariamente via contato direto. Entretanto, observa-se que estes patógenos sobrevivem por longos períodos em objetos inanimados (fômites), que servem de reservatórios de contaminação e disseminação microbiana. As superfícies de contato do sistema de transporte coletivo (STC) podem ser fontes ambientais de patógenos para os usuários. A resistência aos antimicrobianos apresentada por S. aureus é preocupante na clínica médica. Macrolídeos, lincosaminas e estreptograminas (MLS) são antimicrobianos empregados no tratamento de infecções estafilocócicas. São quimicamente distintos, mas possuem o mesmo mecanismo de ação: inibição da síntese protéica. A expressão do fenótipo MLS pode ser constitutiva ou induzível. Este estudo objetivou detectar o fenótipo MLS em S. aureus isolados do STC de Goiânia, Goiás. Entre abril e maio/2012, 157 amostras foram coletadas de catracas de estações de embarque/desembarque, dos terminais de integração de passageiros e de barras fixas verticais e horizontais dos veículos da linha leste-oeste do STC de Goiânia. As amostras foram coletadas com swabs esterilizados embebidos em salina e encaminhadas ao Laboratório de Bacteriologia do IPTSP/UFG para isolamento e identificação por metodologia padronizada. O teste de indução foi realizado em conjunto com o método de disco difusão. A prevalência de S. aureus foi de 28,0% (44) nas amostras analisadas, sendo identificado a partir das catracas (37,8%) e das barras fixas (25,0%). Quanto aos ônibus, a prevalência de S. aureus na saída para o turno de trabalho (veículo higienizado) foi de 20,0% (12) e na chegada do turno de trabalho foi de 30,0% (18). O fenótipo de resistência MLS induzível foi detectado em 25,0% (11) dos S. aureus isolados. Não houve diferença estatisticamente significante entre a detecção do fenótipo MLS nas catracas (21,4%, IC95% 5,75%-47,95%) e barras fixas (26,6%, IC95% 3,22%-44,43%), bem como na saída (16,6%, IC95% 2,89%-45,06%) e chegada (33,3%, IC95% 14,77%-56,9%) dos ônibus. O uso dos antibióticos MLS não é indicado em regiões onde a frequência do fenótipo induzível seja elevada. A disseminação do fenótipo MLS pode estar sendo potencializada pelo ambiente do STC que aliado à aglomeração e circulação de pessoas nos ônibus e às práticas higiênicas insuficientes constituem fator de risco para a segurança e saúde da população usuária e seus contactantes.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, ônibus, Fenótipo MLS, catracas, barras fixas