XXI ALAM
Resumo:1569-2


Prêmio
1569-2AVALIAÇÃO DA HETERORRESISTÊNCIA A POLIMIXINA B EM ISOLADOS DE Acinetobacter baumannii
Autores:Juliana Barin (PPGCM - Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas) ; Andreza Francisco Martins (IPA - Centro Universitário Metodista do Sul) ; Bianca Lúcia Heineck (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Alexandre Prehn Zavascki (HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre)

Resumo

Introdução: O tratamento de infecções causadas por Acinetobacter baumannii tem se tornado crítico em função do surgimento de cepas multirresistentes, tendo como única opção de escolha as polimixinas. Entretanto, estudos recentes tem relatado o fenômeno de heterorresistência a colistina em isolados de A. baumannii, mas pouco se sabe sobre esse fenômeno. O objetivo deste estudo foi avaliar a heterorresistência a polimixina B em isolados de A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos. Materiais e métodos: A pesquisa da heterorresistência foi realizada em cinco isolados pertencentes a clones diferentes (A, B, C, D e E) de A. baumannii, resistentes aos carbapenêmicos e sensíveis a polimixina B, previamente avaliados através da técnica de PFGE. Para avaliar a heteroressistência a técnica iniciou de uma suspensão bacteriana de 0,5 de McFarland, seguida de diluições seriadas e inoculadas em Ágar Mueller-Hinton contendo concentrações de polimixina B: 0, 0,5, 1, 2, 3, 4 e 6 μg/mL. A cepa ATCC 27853 de Pseudomonas aeruginosa foi utilizada como controle. A Concentração Inibitória Mínima final (CIM) das subpopulações foi determinada após 3 passagens das colônias para meio sem antibiótico. O perfil de análise populacional (PAP) foi realizado dividindo o número de unidades formadoras de colônias (UFC) da placa com maior concentração de polimixina B pelo número de UFC da placa sem antibiótico. Discussão dos resultados: Quatro dos 5 isolados apresentaram uma subpopulação heterogênea em relação a CIM para polimixina. A CIM das subpopulações encontradas aumentaram em relação ao CIM inicial da população, para B, C, D e E (de 0,25 para 1, de ≤0,125 para 1, de ≤0,125 para 0,25 e de 0,25 para 1 μg/mL, respectivamente). Somente o clone A não apresentou subpopulações. O PAP mostrou que a frequência das populações heterogêneas foram de 5 x 10-5 a 2,5 x 10-7. Conclusão: Podemos observar neste estudo quatro clones com subpopulações heterogêneas dentro de uma população de A. baumannii, embora apresentando CIMs dentro da faixa de sensibilidade à polimixina B. A relevância clínica deste achado precisa ser estabelecida.


Palavras-chave:  Acinetobacter baumannii, heterorresistência, polimixina B