XXI ALAM
Resumo:1547-2


Poster (Painel)
1547-2PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE POR CUNNINGHAMELLA ELEGANS UCP 542 UTILIZANDO SUBSTRATOS AGROINDUSTRIAIS
Autores:Daniele Gilvanise Souza (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Nathália Sá Alencar do Amaral Marques (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Marta Cristina Freitas Silva (PNPD - Programa Nacional de Pós-Doutorado da CAPES / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Patrícia Mendes Souza (PNPD - Programa Nacional de Pós-Doutorado da CAPES / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Galba Maria Campos Takaki (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco / NPCIAMB - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais)

Resumo

A síntese microbiana dos biossurfactantes ocorre especialmente durante o crescimento em substratos imiscíveis em água. Devido à baixa toxicidade e alta biodegradabilidade, estas moléculas podem ser usadas amplamente no processamento de alimentos, exibindo propriedades emulsificantes e umectantes, na indústria de cosméticos, farmacêutica, detergentes, entre outras. O custo de produção de biossurfactantes está relacionado à matéria prima que representa cerca de 30% do valor total da produção, estimulando a busca por substratos alternativos que possam reduzir os custos de produção. Neste sentido, investigações foram realizadas com Cunninghamella elegans na produção de biossurfactante utilizando óleo de soja pós-fritura e milhocina, obtidos da indústria alimentícia, empregando um Planejamento - Delineamento Central Composto Rotacional (DCCR) de 22, tendo como variáveis a redução da tensão superficial. Frascos de Erlenmeyer de 500 mL foram utilizados contendo 200 mL do meio de cultura de acordo com o DCCR 22, com pH ajustado para 5,5. Em seguida, 2 mL da suspensão de esporos contendo 107 esporangíolos/mL foi inoculada, mantidos a 150 RPM, à 28ºC, por 96 horas. A determinação da tensão superficial do líquido metabólico livre de células foi medida em tensiômetro semi-automático utilizando-se o anel de DU NUOY. O pH final da fermentação foi determinado por potenciometria. O índice de emulsificação foi determinado adicionado 2,0 mL do líquido metabólico a 1,0 mL dos substratos óleos queimado de motor, de soja, de milho e de canola, agitados em vórtex por 2 minutos. Os resultados demonstraram que na condição 1 (milhocina 10% e óleo pós-fritura 15%), a redução da tensão superficial da água foi de 72 para 29,6 mN/m, com pH 7,18. O biossurfactante produzido por C. elegans apresentou índice de emulsificação correspondendo a 93,33% com óleo queimado de motor na condição 7 (milhocina 1,15% e óleo pós fritura 8,75%). O biossurfactante produzido nas condições estabelecidas neste trabalho demonstrou excelentes propriedades surfactantes e emulsificantes, podendo ser aplicado na indústria de alimentos como espessante.


Palavras-chave:  Cunninghamella elegans, Biossurfactantes, Resíduos agroindustriais