XXI ALAM
Resumo:1528-1


Poster (Painel)
1528-1Teste de sensibilidade antimicrobiana por Disco-Difusão de Staphylococcus aureus proveniente do ambiente aéreo de clínicas acadêmicas odontológicas
Autores:Marcelo Fabiano Gomes Boriollo (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS / FOP/UNICAMP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP) ; Bianca de Souza Moreira (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; Jeferson Júnior da Silva (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; Letízia Monteiro de Barros (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; Nelma de Mello Silva Oliveira (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; José Francisco Höfling (FOP/UNICAMP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP)

Resumo

Staphylococcus aureus tem sido responsável por parte das infecções relacionadas com ambientes clínicos odontológicos e hospitalares. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar o perfil de multi-resistência de S. aureus oxacilina-resistente (ORSA) proveniente do ar de diversos ambientes clínicos acadêmicos odontológicos. Um total de 275 isolados ORSA, previamente caracterizadas por métodos microbiológicos (i.e., crescimento em meio AMS, coloração de Gram e testes de aglutinação, coagulase e DNAse) e pelo teste de triagem de resistência à oxacilina (i.e., sugestivo da presença do gene mecA), foi submetido ao ensaio de sensibilidade antimicrobiana por Disco-Difusão (NCCLS/CLSI). Os antibióticos usados foram: ampicilina 10 ug (AMP), amoxicilina 10 ug (AMO), oxacilina 1 ug (OXA), tetraciclina 30 ug (TET), vancomicina 30 ug (VAN), cefalexina 30 ug (CFE), cefalotina 30 ug (CFL), cefoxitina 30 ug (CFO), clindamicina 2 ug (CLI) e eritromicina 15 ug (ERI). Os resultados mostraram que 263 (95,6%) isolados ORSA mostraram índices de resistência e/ou intermediário a um ou mais antibióticos, 9 (3,3%) isolados mostraram sensibilidade antimicrobiana a todos os antibióticos e apenas 3 isolados não se desenvolveram sobre o meio de cultura. Entre os antibióticos testados, a AMP [n = 232; 84,4% (R)] apresentou o maior índice de resistência bacteriana entre os isolados, seguido de ERI [n = 113; 41,1% (R) / n = 91; 33,1% (I)], AMO [n = 160; 58,2% (R)], OXA [n = 94; 34,2% (R) / n = 29; 10,5% (I)], TET [n = 81; 29,5% (R) / n = 26; 9,5% (I)], CLIN [n = 22; 8,0% (R) / n = 71; 25,8% (I)], VAN [n = 78; 28,4% (R)], CFO [n = 75; 27,3% (R)], CFE [n = 23; 8,4% (R) / n = 24; 8,7% (I)] e CFL [n = 5; 1,8% (R) / n = 11; 4,0% (I)]. Estes resultados confirmaram o perfil de resistência à oxacilina em 139 isolados ORSA, previamente caracterizados pelo método de triagem apenas, dos quais apenas 4 isolados apresentaram ausência de multi-resistência aos demais antibióticos (i.e., 50.5%; sendo 123 isolados oxacilina-resistentes e 16 isolados oxacilina-sensíveis e cefoxitina-resistentes). Os dados apontam para a necessidade do emprego de dois ou mais ensaios de sensibilidade antimicrobiana a fim de assegurar a identidade dos isolados clínicos de ORSA e seus respectivos perfis de sensibilidade ou resistência antimicrobiana, especialmente frente ao diagnóstico clínico microbiológico de amostragens envolvendo humanos. Os resultados também sugerem a complementação dos testes de referência CIM e triagem (NCCLS/CLSI), a fim de aumentar a sensibilidade de detecção da resistência intermediária e completa à VAN, visto que o teste de Disco-Difusão não diferencia S. aureus com sensibilidade reduzida à VAN (CIM 4-8μg/mL) das espécies sensíveis (CIM 0,5-2μg/mL).


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, oxacilina-resistente, sensibilidade antimicrobiana, Disco-Difusão, clínica acadêmica odontológica