XXI ALAM
Resumo:1526-2


Poster (Painel)
1526-2Pitiose Equina: Protocolo de tratamento para afecção em Membro Anteiror
Autores:Pedro Abib Hecktheuer (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Laura Huber (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Régis Adriel Zanette (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Janio Morais Santurio (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

O agente da pitiose é o P. Insidiosum, a espécie equina é a mais atingida, não havendo predisposição de raça, sexo ou idade. As lesões cutâneas são as mais freqüentes e atingem principalmente as extremidades distais dos membros e porção ventral da parede toraco-abdominal. O tratamento cirúrgico, associado ou não à cauterização, é eficaz quando se faz a retirada de todo o tecido contaminado, no entanto, a cirurgia não pode ser usada em todos os casos. Uma égua da raça Crioula de 6 anos de idade, no oitavo mês de gestação, foi internada na Clínica de Equinos da UFSM em função de um crescimento exuberante de tecido no membro anterior esquerdo com evolução de aproximadamente dois meses. Ao exame do membro anterior esquerdo, verificou-se a presença de “kankers”. Lavou-se o ferimento e aplicou-se pomada antibacteriana e bandagem. O protocolo de tratamento seguido durante os dias de internação foi fenilbutazona 2,2 mg/Kg BID alternado com Cetoprofeno 1,1 mg/Kg BID VO. Foi utilizado omeprazol 2mg/kg/dia SID VO para evitar o desconforto do animal. Tratamento com 10 mg/Kg de sulfa trimetoprin VO BID foi estabelecido quando observou-se, ao exame radiográfico do membro anterior esquerdo, áreas de rarefação óssea no aspecto proximal da primeira falange. O animal foi submetido a tratamento de três doses do Imunoterápico PitiumVac®. Após esse tratamento, utilizou-se de procedimento cirúrgico para retirar a lesão. No 22º dia após a cirurgia, houve a perda do casco e da terceira falange da égua durante o curativo. Três meses após a chegada da égua ao hospital veterinário, ocorreu o parto normal, sem complicações, a potra saudável. Dois dias após o parto, realizou-se exame radiográfico do membro anterior esquerdo da égua onde constatou-se osteomielite em mais de 50% da segunda falange, osteopenia da primeira falange e metacarpo. Um mês e 10 dias após o parto, a égua foi eutanasiada e a potra foi enxertada em uma ama de leite. A imunoterapia freou o crescimento da lesão até a remoção cirúrgica. Em decorrência da invasiva, porém necessária cirurgia, o animal passou a ter uma deficiente irrigação sanguínea na região distal do membro, resultando na perda da terceira falange e casco. Optou-se pela eutanásia égua. Em casos tardios, a eficácia do tratamento é inconsistente, os casos são pouco responsivos, com seqüelas e disfunção, não raramente culminando com óbito do paciente.


Palavras-chave:  Cirurgia, Equino, Imunoterápico, Kunker, P. Insidiosum