XXI ALAM
Resumo:1526-1


Poster (Painel)
1526-1Fragilidade osmótica dos eritrócitos frente à infecção por P. insidiosum
Autores:Pedro Abib Hecktheuer (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Régis Adriel Zanette (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Aline Ludwig (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Maiara Ben Pilotto (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Anelise Bravo Friedriczewski (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Janio Morais Santurio (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

P. insidiosum é um pseudo-fungo do Reino Straminipila que infecta animais, principalmente nas formas subcutânea e gastrointestinal, e humanos, nas formas vascular, cutâneo/subcutânea, ocular e disseminada. O uso de drogas quelantes de ferro, tais como o deferasirox, tem sido pesquisado frente a muitos fungos patogênicos. A fragilidade osmótica é uma das formas de medir a variação da resistência dos glóbulos vermelhos à hemólise, em particular na presença de enfermidades como algumas formas de anemia, alterações metabólicas ou carenciais e na avaliação da ação de algumas drogas sobre o sistema hematopoiético. Objetivou-se avaliar a fragilidade osmótica de coelhos infectados com P. insidiosum. Os animais foram divididos em não-infectados (G1; n=5) e infectados, posteriormente foram divididos em não-tratados (G2), tratados com imunoterapia (G3) e tratados com o quelante de ferro deferasirox (G4), com cinco animais por grupo. Amostras de sangue para hemograma e avaliação da fragilidade osmótica foram coletadas nos dias 25, 50 e 75 pós-inoculação (PI); os níveis séricos de ferro e a capacidade total de ligação do ferro (CTLF) foram avaliados através de kits comerciais. Os coelhos infectados apresentaram anemia microcítica hipocrômica, que se acentuou conforme a cronicidade da doença. Os níveis séricos de ferro declinaram com o tempo nos grupos G2 e G3, diferindo estatisticamente do G1 no dia 75 PI. Seguindo o quadro de anemia ferropriva, a CTLF aumentou significativamente nos animais infectados, sendo mais acentuada no grupo G2 (P <0,05). A fragilidade osmótica dos eritrócitos diferiu entre os grupos a partir do dia 50, observando-se uma menor percentagem de hemólise no grupo tratado com quelante. Igualmente foi observada no dia 75 uma menor percentagem de hemólise nos grupos G2 e G4 em comparação com o grupo não infectado. Os radicais livres atacam as membranas dos eritrócitos, induzindo à peroxidação lipídica e hemólise. A queda dos valores de ferro sérico levou a uma menor peroxidação pela menor disponibilidade do metal para a reação de Fenton, fato evidente nos animais tratados com o quelante de ferro. Este trabalho corrobora com a hipótese de que a anemia em casos de pitiose é devido ao consumo de ferro pelo agente ou sequestro de ferro pelo hospedeiro.


Palavras-chave:  Ferro, Fragilidade osmótica, Hemólise, Imunoterapia, P. insidiosum