XXI ALAM
Resumo:1523-1


Poster (Painel)
1523-1AVALIAÇÃO IN VITRO DA MICROBIOTA RUMINAL COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE Crambe abyssinica EM FUNÇÃO DO TEMPO
Autores:Regiane Balbino dos Santos Primo (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Kelly Cristina da Silva Brabes (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Rafael Henrique de Tonissi E Buschinelli de Goes (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Fabio Juliano Negrão (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Rosielen Augusto Patussi (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Maria Gizelma de Meneses Glessler (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Chaiane Regina Rech (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Thiago José de Lira Cardoso (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Kesia Esther da Silva (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Cibelli Mazzucato (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS) ; Lujan Sanabria Aliatti (UFGD - UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS)

Resumo

Introdução: O Crambe (Crambe abyssinica) é utilizado industrialmente para diversas finalidades, inclusive na produção de biodiesel. As sementes de crambe apresentam um nível significativo referente à proteína bruta, apresentando boa qualidade nutricional, podendo ser incorporada à dieta de ruminantes. O rúmen do animal contém microrganismos que apresentam elevada importância para a segurança alimentar, sendo as bactérias fundamentais nas atividades desse ecossistema. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro o crescimento microbiano nas diferentes concentrações de Crambe abyssinica em função do tempo. Métodos: Foi introduzido ao líquido ruminal, saliva artificial e ração experimental contendo diferentes concentrações de Crambe abyssinca em substituição ao farelo de soja, T1 (ausência de crambe), T2 (substituição de 2,5% do farelo de soja), T3 (substituição de 5%), T4 (substituição de 10%), T5 (substituição de 15%) e T6 (apenas líquido ruminal). Os tratamentos foram dispostos em garrafas de vidro Gas Production Kit ANKOM ® e aguardado o tempo de 0, 30, 60, 120 e 240 minutos. Em seguida as amostras foram diluídas e inoculadas em Agar sangue. As placas foram dispostas em jarra de anaerobiose e incubadas em estufa a 37ºC por uma overnight, após este período foram realizadas as contagens de unidade formadora de colonia até medidas de 10-8. As análises foram realizadas em duplicata. Resultados: Nos tratamentos com ausência de crambe, substituição de 15% e nos que continham apenas líquido ruminal, ocorreu um maior crescimento microbiano no tempo de 120 minutos, havendo um declínio em 240 minutos. As amostras com substituição de 2,5%, 5% e 10% apresentaram um aumento no crescimento microbiano em 240 minutos. Conclusão: Os resultados obtidos permitiram concluir que em função do tempo de incubação as concentrações crescentes de torta de crambe na dieta in vitro apresentou inicialmente uma adaptação da microbiota, e em seguida uma redução da população microbiana. Por conter elevada concentração de ácido erúcico, as sementes de Crambe abyssinica apresentam uma elevada toxicidade, o que explica o declínio no crescimento microbiano no tratamento de maior concentração T5 (substituição de 15%). Já nos tempos de 60 e 120 minutos, houve um aumento do crescimento microbiano correspondente ao T5, o que implica o crescimento de microrganismos mais resistentes.


Palavras-chave:  Biodisel, Crambe abyssinica, líquido ruminal, microbiota, rumem