XXI ALAM
Resumo:1519-3


Poster (Painel)
1519-3BIOCONVERSÃO DE MELAÇO DE CANA DE AÇÚCAR PARA A PRODUÇÃO DE ASTAXANTINA POR Mucor circinelloides SOB A INFLUÊNCIA DE LUZ BRANCA
Autores:Mayara Nunes Vitor Anjos (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Priscilla Andrade de Moura (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Aline Alves Barbosa da Silveira (UECE - Universidade Estadual do Ceará) ; Ednaldo Ramos dos Santos (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Kaoru Okada (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Galba Maria de Campos-takaki (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Norma Buarque de Gusmão (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Os resíduos agroindustriais podem apresentar elevados problemas de disposição final e são considerados potenciais poluentes. A bioconversão por micro-organismos, em especial, por fungos torna-se uma alternativa para agregar valor aos resíduos agroindustriais. A astaxantina é um dos principais carotenóides amplamente utilizado na indústria e na aqüicultura, o qual pode ser extraído de fontes naturais ou sintetizado quimicamente. Com a recente substituição dos pigmentos sintéticos pelos pigmentos naturais, um crescente interesse está sendo demonstrado pelos carotenóides naturais obtidos por processos biotecnológicos. Contudo, alguns fatores ambientais como luminosidade, pH, temperatura e aeração estão sendo frequentemente estudados em busca da otimização da produção de carotenóides. Neste trabalho foi estudada a produção de astaxantina por Mucor circinelloides utilizando resíduo agroindustrial melaço de cana-de-açúcar, nas concentrações de 4% e 7%, na presença e ausência de luz branca. O inóculo foi obtido a partir do M. circinelloides após cinco dias de crescimento no meio de BDA (Batata-Dextrose-Ágar), a 28ºC. Os esporos foram coletados e contados preparando-se uma suspensão de 107células/mL, sendo transferido para frascos de Erlenmeyers de 250mL contendo o meio de melaço de cana-de-açúcar nas diferentes concentrações durante 96 horas, 120 rpm, 25ºC. Após o processo fermentativo, a astaxantina foi extraída da biomassa, utilizando uma solução de dimetilsulfóxido/acetona. Em seguida foi pré-purificada em éter de petróleo e analisada por espectrofotometria UV-visível (474 nm). Na presença de luz branca com o melaço de cana-de-açúcar, a maior produção de astaxantina foi de 108,1 µg/g de biomassa, na concentração de 7%, observando-se um aumento de astaxantina, correspondente a 8% da produção comparado as culturas quando cultivadas na ausência de luz (7,9 µg/g). Com melaço de cana-de-açúcar a 4% a luz branca também influenciou a concentração de astaxantina para 52,4 µg/g quando comparado aos valores encontrados para as culturas sem exposição à luz (32,7 µg/g). O meio alternativo melaço de cana-de-açúcar demonstrou grande potencial biotecnológico para a produção de astaxantina por M. circinelloides, confirmando assim, que a via biotecnológica apresenta-se como alternativa promissora à via química, considerando o alto custo do processo químico.


Palavras-chave:  Mucor circinelloides, Bioconversão, Astaxantina