XXI ALAM
Resumo:1499-2


Poster (Painel)
1499-2Pleurotus ostreatoroseus: caracterização parcial de proteases produzidas por fermentação semi-sólida
Autores:Tamiris Rio Branco da Fonseca (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Jéssica Ferreira Barroncas (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Meire Rossy Oliveira da Cruz (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Maria Francisca Simas Teixeira (UFAM - Universidade Federal do Amazonas)

Resumo

Espécies de Pleurotus, como P. ostreatoroseus por apresentarem elevados teores de proteínas e propriedades medicinais são produtos alimentícios que também tem aplicação em processos de biorremediação ambiental, reciclagem de resíduos agroindustriais e tratamento de efluentes. O objetivo deste trabalho foi determinar a atividade proteolítica e caracterizar parcialmente proteases produzidas por P. ostreatoroseus em resíduos da agroindústria da Amazônia. P. ostreatoroseus foi submetido à fermentação semi-sólida em casca de cupuaçu misturada com farelo de arroz 20% (p/v), umidade 60%, em duas condições de incubação (presença e ausência de luz). Em cada mistura de substrato, em tubo de ensaio, foi inoculado três discos miceliais e a fermentação foi realizada nas seguintes condições, 25°C. Após 15 dias, a extração aquosa do fermentado [(1:10)g de sólido/mL de água destilada esterilizada] foi realizada a 30°C a 180 rpm por 30 minutos. O extrato bruto foi recuperado por filtração em tecido de algodão. A reação (250µL de azocaseína 1,0% (p/v), em tampão Tris-HCl 0,1M, pH 7,2 e 150µL do extrato bruto) foi conduzida em câmera escura a 25°C. Após 1hora, para interromper a reação foi adicionado 1,2 mL de ácido tricloroacético 10 % (p/v) e o resíduo remanescente separado por centrifugação por 10 minutos a 10000 rpm. Do sobrenadante foram retirados 800µL para tubos de ensaio contendo 1,4 mL de hidróxido de sódio 1M. Uma unidade de atividade proteolítica foi definida como a quantidade de enzima capaz de produzir um aumento na absorbância de 0,1/min em uma hora a 440nm e expressa em U/mL. Na avaliação do efeito da temperatura a reação foi incubada a 25ºC, 37ºC, 40ºC, 50ºC, 60ºC e para avaliar o efeito do pH a azocaseína 1% foi dissolvida na soluções tampão citrato 0,1M (pH 5 e 6), fosfato 0,1M (pH 6, 7 e 8) e carbonato-bicarbonato de sódio 0,1M (pH 9 e10), depois as reações foram incubadas por 1h na temperatura ótima. Nos extratos recuperados da fermentação, na presença e na ausência de luz, a atividade proteolítica foi de 7,89 U/mL e 5,53 U/mL, respectivamente. Em ambas as condições de cultivo, a temperatura ótima das proteases foi determinada a 40°C e de acordo com o pH essas enzimas são classificadas como ácidas. Proteases ácidas podem ser aplicadas em diferentes bioprocessos nas indústrias de bebidas e alimentos.


Palavras-chave:  atividade proteolítica, basidiomiceto, resíduo agroindustrial