XXI ALAM
Resumo:1497-2


Poster (Painel)
1497-2PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE POR SERRATIA MARCESCENS UCP 1549 A BASE DE MANIPUEIRA E PARAFINA
Autores:Thiago Silva Alves (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Isabelle Tribuzy Costa (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Rosileide Fontenele da Silva Andrade (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Marcelo Maia Almeida (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Hélvia Walewska Casullo Araújo (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Nathália Sá Alencar do Amaral Marques (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba / UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Galba Maria de Campos Takaki (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo

A poluição ambiental por derivados de petróleo é um problema mundial, e a cada ano aumenta a quantidade de resíduos oleosos emitidos por indústrias. Com o advento da biotecnologia, novos estudos vêm sendo realizados sobre o potencial dos micro-organismos no tratamento desses resíduos. Os biossurfactantes constituem uma das principais classes de surfactantes naturais produzidos por micro-organismos, são agentes anfipáticos e em função da presença de grupos hidrofílicos e hidrofóbicos na mesma molécula tendem a se distribuir nas interfaces, entre fases fluidas com diferentes graus de polaridade (óleo/água e água/óleo). A formação de um filme molecular, ordenado nas interfaces, reduz a tensão interfacial e superficial, sendo responsável pelas propriedades únicas dos surfactantes. No presente trabalho foi realizada a produção de biossurfactante a partir dos rejeitos industriais: manipueira, parafina e óleo vegetal pós-fritura por Serratia marcescens UCP (1549). A bactéria foi obtida do Banco de Culturas do NPCIAMB da Universidade Católica de Pernambuco. A amostra de S. marcescens foi incubada em meio líquido Luria Bertani sob agitação orbital de 155 rpm, a 28°C por 6 horas, para obtenção do pré-inóculo. Frascos de Erlenmeyers de 250mL contendo 100ml de meio alternativo segundo o planejamento fatorial completo de 23, com 4 pontos centrais para analisar os efeitos e interações das concentrações dos rejeitos agroindustriais, como substratos na produção de biossurfactante. Os frascos foram inoculados com 1 ml de 108 UFC/mL de S. marcescens, a 28oC por 48 horas. A eficiência da produção do biossurfactante foi analisada pela redução da tensão superficial, determinada em tensiômetro (KSV-Sigma 70). A redução da tensão superficial é utilizada como um critério primário para selecionar micro-organismos produtores de biossurfactantes. A redução da tensão superficial foi de 70mN/m da água para em média de 33,4mN/m no ponto central do planejamento utilizando: 6% manipueira, 4% parafina e 5% óleo vegetal pós-fritura. Os resultados demonstraram a capacidade da S. marcescens UCP 1549 em crescer e se desenvolver em meios alternativos constituído por rejeitos industriais e produzir biossurfactantes eficientes, de baixo custo e elevado potencial biotecnológico incentivando estudos futuros para aplicação destes agentes nos processos de descontaminação ambiental.


Palavras-chave:  Biossurfactante, Serratia marcescens, Rejeitos indústrias