Resumo

A mastite é classicamente definida como inflamação da glândula mamária. Constitui o principal problema que afeta os rebanhos leiteiros em todo o mundo, ocasionando grandes prejuízos econômicos para a indústria leiteira, uma vez que é caracterizada por alterações físico-químicas e microbiológicas no leite e no tecido glandular mamário, podendo destruí-lo parcial ou totalmente. É causada por diversos agentes, sendo a maioria de origem bacteriana. O presente trabalho teve por objetivo identificar os principais agentes bacterianos isolados de vacas com mastites subclínicas em propriedades leiteiras do Estado do Rio Grande do Norte. Foram avaliadas 184 amostras provenientes de quartos mamários de vacas leiteiras positivas com mastite subclínica pelos métodos California Mastitis Test (CMT) e Contagem de Células Somáticas (CCS), durante os meses de Fevereiro e Março de 2012, no Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal – LIPOA da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA. Inicialmente as amostras de leite foram semeadas em placas de ágar sangue de ovino a 5% para isolamento microbiano, em seguida foi realizada a identificação por provas fenotípicas das bactérias isoladas. Os microrganismos isolados foram identificados por suas características morfológicas, culturais e bioquímicas segundo Pardo (1997). Das amostras analisadas, 151 (82%) foram positivas ao exame microbiológico, sendo que em sete amostras foram encontrados mais de um microrganismo causal. Os agentes encontrados foram: Streptococcus agalactiae (48%), Staphylococcus aureus (35%), Corynebacterium bovis (9%) e Bacillus spp (1%). Portanto, os testes para identificação do agente causal das infecções que acometem a glândula mamária são importantes para o controle, a prevenção e o monitoramento de rebanhos, podendo-se ainda, aliar-se ao teste de sensibilidade antimicrobiana, com o intuito de eleger o tratamento mais apropriado para a doença, evitando o desenvolvimento de resistência bacteriana aos antimicrobianos.