XXI ALAM
Resumo:1471-1


Poster (Painel)
1471-1EXTRAÇÃO DE LECTINAS E UTILIZAÇÃO DAS CASCAS E SEMENTES DE Garcinia humilis (VAHL) (ACHACHAIRU) NA PRODUÇÃO DE TANASE POR Aspergillus sp. SIS 19
Autores:Dayana Maria Serafim da Silva (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Kátia Kelle da Silva Andrade (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Paulo Henrique Pereira Gusmão (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Romero Marcos Pedrosa Brandão Costa (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Polyanna Nunes Herculano (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Ana Lucia Figueiredo Porto (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco / LIKA - Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami-UFPE) ; Cynthia de Oliveira Nascimento (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)

Resumo

O achachairu (Garcinia humilis) é uma planta oriunda de Santa Cruz na Bolívia, a sua família possui grande relevância para a indústria farmacêutica, já que são extraídos dos frutos e folhas substâncias como biflavanóides e benzofenonas. A lectina é uma proteína de origem não imune capaz de se ligar a carboidratos da membrana celular alterando a sua fisiologia. As plantas são ricas fontes de lectinas e a sua estocagem orgânica ocorre principalmente nas raízes, folhas, frutos, sementes, tubérculos, bulbos, rizomas e na entrecasca. O objetivo do presente trabalho foi extrair lectina da casca e sementes do achachairu e utilização das mesmas na produção de tanase por fermentação em estado sólido pelo Aspergillus sp. SIS 19. Para extração da lectina, os extratos da casca do achachairu foram realizados a 10% em tampão citrato de sódio, fosfato de sódio e solução de cloreto de sódio 0,15 M em pH 6,0, 8,0 e 7,0 respectivamente, variando o tempo de agitação de 2-6 h. Em seguida, foram utilizadas placas de microtitulação (8 x 12 poços) para determinação da atividade hemaglutinante (AH) com eritrócitos de coelho. Para a extração da enzima foram pesados 3,0 gramas do fermentado do achachairu e adicionado solução tampão fosfato de sódio (10 mM, pH 5,5), macerado, filtrado e centrifugado a 2000 rpm por 10 minutos. A atividade enzimática foi realizada utilizando 100 μL do extrato enzimático e 100 μL da solução de ácido tânico (0,3 mM) em tampão fosfato de sódio (10 mM, pH 5,5) incubada por 30 minutos a 30ºC, em seguida adicionado 300 µl de solução de rhodanina metanólica (0,667% p/v) e 100 µl de KOH (500 mM), acrescido de 900 µl de água destilada, incubado por 10 minutos a 30ºC, a leitura das amostras foram realizadas no espectrofotômetro a 520nm. A maior AH de 128 foi do extrato em tampão fosfato de sódio a pH 8,0 com 2h de agitação. Para a atividade de tanase, foi verificada melhores atividade específica de 47,34 U/mg para a semente e 7,89 U/mg para a casca obtidas com 48 horas de fermentação, utilizando 10,0 g de substrato com umidade inicial de 40% e 2,0% de ácido tânico. A maior atividade obtida com as sementes provavelmente se deve a maior concentração de tanino neste substrato. Os resultados obtidos demostram que cascas e sementes de achachairu são boas fontes de lectinas e podem ser utilizados como substrato para produção de tanase.


Palavras-chave:  Extração, Fermentação, Lectina, Achachairu, Tanase