XXI ALAM
Resumo:1464-1


Poster (Painel)
1464-1Staphylococcus saprophyticus isolado de hemocultura: identificação fenotípica, genotípica e detecção de resistência à oxacilina
Autores:Adriano Martison Ferreira (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA / HAC - HOSPITAL AMARAL CARVALHO) ; Mariana Favero Bonesso (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA) ; Alessandro Lia Mondelli (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA) ; Manoel Roque Tomaz (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA) ; Ana Lucia da Silva Rosa (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA) ; Isabel Cristina Lopes da Silva (UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA)

Resumo

Introdução: é consenso entre clínicos e microbiologistas que a hemocultura configura como um dos testes laboratoriais mais importantes para o diagnóstico de infecções graves. Nos últimos anos, tornou-se evidente que micro-organismos antes considerados contaminantes, como estafilococos coagulase negativo (ECN), passaram a ser, cada vez mais isolados e associados a infecções. S. saprophyticus é frequente agente causador de ITU na comunidade e raramente é encontrado em pacientes hospitalizados, sendo ainda mais raro o isolamento em amostra de hemoculturas e em pacientes do sexo masculino. Objetivo: avaliar a detecção de resistência à oxacilina e a identificação de S. saprophyticus por método fenotípico e genotípico em um isolado de hemocultura de paciente do sexo masculino, internado na UTI do pronto socorro de um hospital universitário. Material e métodos: a hemocultura foi coletada de maneira asséptica do cateter venoso central e processada em aparelho automatizado Bactec-FX (BD). A identificação fenotípica foi realizada no sistema automatizado Vitek 2 e pelo método simplificado de provas bioquímicas, e a identificação genotípica pelo método de ITS-PCR. A determinação da resistência à oxacilina foi realizada pelo Vitek 2, tira de E-test® de oxacilina , discos de oxacilina (1 µg), cefoxitina (30 µg) e detecção do gene mecA. Resultado: o isolado caracterizado como S. saprophyticus pelo Vitek 2 foi confirmado pelas provas bioquímicas e pelo ITS-PCR. O isolado foi sensível a cefalotina (25mm) e resistente à oxacilina (12mm) pelo disco difusão, pelo E-test® (CIM de 0,75 µg/mL) e pelo Vitek 2 (CIM de 1,0 µg/mL), entretanto não possuía o gene mecA. Discussão e conclusão: o isolado apresentou resistência à oxacilina pelo disco, E-test® e Vitek 2, entretanto foi mecA negativo. O Vitek 2 realizou a detecção da resistência à oxacilina, com base somente no resultado da cefoxitina (sensível). Em locais onde os testes para detecção da resistência à oxacilina são realizados com disco-difusão ou mesmo pelo E-test®, a falsa resistência à oxacilina poderia levar ao uso desnecessário de antimicrobianos de maior espectro. Concluímos que S. saprophyticus podem estar correlacionados com infecção de corrente sanguínea e que é importante a detecção do gene mecA e a confirmação da identificação dessas espécies, assim como de outros estafilococos coagulase negativa.


Palavras-chave:  Hemocultura, Identificação, ITS-PCR, Resistência, Staphylococcus saprophyticus