XXI ALAM
Resumo:1457-3


Poster (Painel)
1457-3CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR E ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE ISOLADOS CLÍNICOS DE Klebsiella pneumoniae PRODUTORES DE KPC-2 EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Autores:Ana Carolina Polano Vivan (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Angélica Marim Lopes (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Daniele Zendrini Rechenchoski (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Fernanda Takahashi (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Juliana Ferraz Rosa (USP - Universidade de São Paulo) ; Marsileni Pelisson (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Silvia Figueiredo Costa (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Mariangela Hungria (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Eliana Carolina Vespero (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

A ocorrência de enzimas que degradam os carbapenêmicos, como KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), em enterobactérias, tornou-se endêmica nos hospitais, sendo responsável pelo aumento do número de surtos em várias instituições de saúde no Brasil e vários países ao redor do mundo. K. pneumoniae é o patógeno mais comum que transporta genes blaKPC e desempenha papel importante em infecções hospitalares causando, principalmente, pneumonia, sepse, infecção urinária e de feridas cirúrgicas. Este estudo foi realizado no Laboratório de Microbiologia do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, com o objetivo de analisar 54 isolados clínicos de K. pneumoniae produtores de KPC oriundos de materiais de infecções de diferentes pacientes internados neste hospital, no período de julho de 2009 a julho de 2010. A caracterização de infecção foi feita pela CCIH com base nos critérios do CDC. Estas amostras apresentaram susceptibilidade reduzida a pelo menos um dos carbapenêmicos avaliados. As amostras foram identificadas através do sistema automatizado Microscan Walkaway (Siemens), e submetidas a testes de sensibilidade a antimicrobianos, através de disco difusão e/ou testes de diluição (CIM), para os carbapenêmicos, além de polimixina B, colistina, gentamicina, tigeciclina e fosfomicina.Os isolados apresentaram 100% de resistência aos carbapenêmicos avaliados, no entanto tigeciclina, polimixina B, colistina e fosfomicina ainda podem ser utilizadas como opção terapêutica para tratamento de infecções por cepas produtoras de KPC. Os isolados foram submetidos ao teste de Hodge modificado e teste da adição de ácido borônico para confirmação da presença de carbapenemases, e, posteriormente, à PCR, para pesquisa de genes blaKPC e MBL (metalo-ββ-lactamases), sendo que o gene blaKPC foi encontrado em todos os 54 isolados, mas nenhum gene MBL. O sequenciamento indicou que todas as cepas pertenciam ao subtipo KPC-2, e a análise de PFGE mostrou distribuição policlonal entre os isolados desse hospital, com predominância de 3 clones. Alguns fatores foram considerados de risco para a aquisição e/ou mortalidade por KPC, entre eles: idade acima de 60 anos, uso de ventilação mecânica, terapia com colistina e/ou carbapenêmicos até um mês antes da cultura, hospitalização prolongada, acometimento por doença cardíaca e/ou circulatória. A emergência de microrganismos produtores da enzima KPC reforça a necessidade de criação e manutenção de barreiras e medidas de controle de disseminação, já estão se tornando endêmicos em diversas instituições de saúde, do Brasil e do mundo.


Palavras-chave:  Carbapenêmicos, K.pneumoniae, KPC, Resistência antimicrobiana