XXI ALAM
Resumo:1453-1


Prêmio
1453-1Isolamento e caracterização de células estromais mesenquimais aviárias e sua susceptibilidade à replicação do Coronavírus de perus.
Autores:Tereza Cristina Cardoso da Silva (UNESP - UNESP-Araçatuba) ; Talita Antello (UNESP - UNESP-Araçatuba) ; Ana Carolina Guedes Rosa (UNESP - UNESP-Araçatuba) ; Juliana Bueno Novais (UNESP - UNESP-Araçatuba)

Resumo

O Coronavírus de perus (Turkey Coronavirus – TcoV), é o agente viral da enterite atrófica em perus. Sintomas como diminuição do ganho de peso, aumento de mortalidade e crescimento desigual na granja levam a significativa perda econômica mundial. Estudos demonstraram que TcoV é capaz de multiplicar-se somente em embriões de perus, inoculados via amniótica. Assim, pesquisas para estabelecer uma cultura celular capaz de propagar o TcoV são feitas, porém sem sucesso. As células estromais mesenquimais (CEM) são células multipotentes, com capacidade de auto renovação, diferenciação, além de sua função imuno regulatória, através da inibição inflamatória. As vantagens do cultivo celular incluem a realização de estudos in vitro, sem interferência de externas e sinais bioquímicos, além da vantagem ética. O presente estudo objetiva o isolamento e a caracterização células mesenquimais estromais derivadas de embriões de perus com 10 dias de incubação, e análise da susceptibilidade destas a replicação do Coronavirus de perus (TcoV). Realizou-se isolamento de CEMs da membrana amniótica e âmnion de embriões de perus(n=10), fez-se a diferenciação celular, e para a caracterização celular, realizou-se a citometria de fluxo, ensaio de proliferação de células T, ensaio da viabilidade celular e atividade da telomerase. Procedeu-se então a infecção viral, com confirmação através da extração do mRNA e reação em cadeia da polimerase quantitativa de transcrição reversa (qRT-PCR).Realizou-se análise estatística. CEMs foram isoladas baseadas na capacidade de adesão em superfície plástica, e diferenciadas em células osteogênicas, condrogênicas, adipogênicas e neurogênicas. A análise pelo citômetro de fluxo revelou que as CEMs possuem pequeno tamanho, baixa complexidade e foram positivas para marcadores de células mesenquimais (vimentina, CD44, CD90 e CD105). Ao adicionar as CEMs a linfócitos T estimulados, foi inibida sua proliferação em menos de 20%. A análise de viabilidade celular mostrou células em boa qualidade. Todas as amostras em todas as passagens revelaram elevada atividade da telomerase. Observou-se efeito citopático nas CEMs 96h pós infecção do TcoV, e foi possível visualização do antígeno viral fluorescente no citoplasma das células infectadas. Cópias de mRNA viral foram significativamente detectadas por qRT-PCR nas células infectadas. Todos os ensaios realizados demonstram que as células isoladas são semelhantes às células mesenquimais descritas na literatura. A infecção in vitro em cultura de células com TcoV é ainda um problema, em comparação com outros coronavírus, características que ajudou a entender as interações entre hospedeiro e vírus. As características de resposta imunológica do coronavírus de perus permanecem desconhecidos.


Palavras-chave:  Coronavírus, cultivo celular, perus, célula mesenquimal