XXI ALAM
Resumo:1441-1


Poster (Painel)
1441-1Perfil susceptibilidade de enterobactérias portadoras de gene blaKPC isoladas no Distrito Federal e triagem de cepas resistentes a polimixina E.
Autores:Celio de Faria Junior (LACEN-DF - Laboratório Central de Saúde Publica) ; Ataíza Cesar Vieira (LACEN-DF - Laboratório Central de Saúde Publica) ; Alex Leite Pereira (UNB-FCE - Universidade de Brasília, Campus UnB-Ceilândia) ; Marise Dutra Asensi (FIOCRUZ-RJ - Instituto Oswaldo Cruz- LAPIH) ; Ana Paula D'alincourt Carvalho Assef (FIOCRUZ-RJ - Instituto Oswaldo Cruz- LAPIH) ; Liliane Miyuki Seki (FIOCRUZ-RJ - Instituto Oswaldo Cruz- LAPIH)

Resumo

A enzima KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) é uma ß-lactamase da classe A de Ambler que confere resistência a todos os agentes ß-lactâmicos como cefalosporinas, penicilinas, monobactam e, inclusive, carbapenêmicos. Vários estudos indicam que bactérias portadoras do gene blaKPC são de ocorrência global, havendo relatos isolamento destas cepas nos 33 estados dos EUA, na Alemanha, no Brasil, na China, na Colômbia, na França, na Grécia, na Hungria, em Israel, na Noruega, na Polônia e na Suécia. No Brasil, o primeiro relato de K. Pneumoniae blaKPC positivo foi publicado em 2009, descrevendo 4 cepas isoladas em 2006 de pacientes hospitalizados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em recife. Em abril de 2010, o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN-DF) de Brasília-DF foi notificado por um hospital quanto ao possível surto de cepas de Enterobactérias Resistentes a Carbapenem (ERC). Logo após, vários outros hospitais entre públicos e privados também identificaram casos ERC em UTI. No presente trabalho foi analisado o perfil de susceptibilidade d 40 cepas portadoras do gene blaKPC isoladas entre os meses de junho a setembro de 2010 no Distrito Federal. A utilização da prova CL4 do cartão de identificação Neg Combo, MicroScan Walkway, como método de triagem para a realização do teste de sensibilidade a polimixina E também foi avaliada. RESULTADOS: Dos 40 isolados, 37 eram K. pneumoniae, 2 Enterobacter cloacae e 1 E. aerogenes. Todos os isolados foram resistentes a ertapenem, meropenem e imipenem, 83,8% dos isolados foram sensíveis a amicacina e gentamicina e 55% resistentes a polimixina E. Dois isolados foram determinados como pan-resistência. Na triagem de cepas resistentes a polimixina E utilizando a prova CL4: 95,5% das cepas CL4-positivas eram resistentes a polimixina E e 94,4% das cepas CL4-negativas eram sensíveis a polimixina E. Para definição da resistência a polimixina E, a prova de CL4 apresentou Valor Preditivo Positivo de 95,7%. DISCUSSÃO: Testes de susceptibilidade a polimixina E devem ser realizados em cepas blaKPC-positivas em virtude do aumento no isolamento de cepas resistentes a este antimicrobiano. CONCLUSÃO: As cepas portadoras do gene blaKPC isoladas no Distrito Federal apresentaram um alto nível de resistência, duas cepas foram determinadas como pan-resistentes e apenas 45% das cepas apresentaram sensibilidade polimixina B. O teste CL4 do painel NEG COMBO, mostrou-se eficiente como método de triagem para detecção de cepas blaKPC-positivas resistentes a polimixina E.


Palavras-chave:  Beta-lactamase, Infecção nosocomial, Klebsiella pneumoniae carbapenemase, Resistência bacteriana