XXI ALAM
Resumo:1436-2


Poster (Painel)
1436-2ADESÃO E FORMAÇÃO DE BIOFILMES EM SURUBIM HÍBRIDO (P. reticulatum ♀ x P. corruscans ♂) DURANTE A FASE INICIAL DE CRIAÇÃO
Autores:Cibelli Mazzucato (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Kelly Cristina da Silva Brabes (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Chaiane Regina Rech (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Ronaldo Omizolo de Souza (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Fábio Juliano Negrão (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Juliana Rosa Carrijo Mauad (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Simone Simionatto (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados)

Resumo

Introdução: Os biofilmes são constituídos por uma comunidade estruturada de células aderentes a uma superfície. A associação dos organismos em biofilmes constitui uma forma de proteção ao seu desenvolvimento, fomentando relações simbióticas e permitindo a sobrevivência em ambientes hostis. Alguns patógenos de peixes têm mostrado capacidade de formação de biofilme nestes ambientes, sendo a sobrevivência de tais bactérias fora do tecido dos peixes hospedeiros altamente dependentes dessa estrutura. A adesão de uma bactéria a superfície de um tecido vivo é normalmente mediada por mecanismos moleculares específicos de “ancoragem”, através de lectinas ou adesinas. O biofilme pode inibir a eficácia de antimicrobianos, além de prejudicar os mecanismos de defesa do hospedeiro e facilitar a comunicação bacteriana, levando à expressão da virulência. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a formação de biofilme em superfície de surubins híbridos. Materiais e métodos: Foram retirados 1cm2 da superfície de doze surubins híbridos, congelados, de uma piscicultura do Mato Grosso do Sul, que logo foram imersos em caldo BHI (Acumedia) e incubados a 35ºC. Foram avaliados nos tempos 6h, 8h, 10h, 12h e 24h. As contagens foram feitas em ágar PCA (HIMEDIA) com incubação a 35ºC/24h. Resultados: Para as amostras cultivadas em raceway os resultados obtidos foram de 3,5 Log UFC/mL, 4,7 Log UFC/mL, 6,9 Log UFC/mL, 6,3 Log UFC/mL e 6 Log UFC/mL para os tempos 6h, 8h, 10h, 12h e 24h, respectivamente. Nas amostras de tanques-rede os valores foram 1,6 Log UFC/mL, 1,5 Log UFC/mL, 1,3 Log UFC/mL, 2,5 Log UFC/mL e 3,7 Log UFC/mL para os mesmos tempos. O sistema raceway apresenta uma carga poluidora maior devido às altas densidades de estocagem, sendo que a água que entra pode não ser reutilizada; já na produção em tanques-rede há uma eficiente troca de água e remoção de dejetos, o que explica os valores maiores no primeiro tipo de cultivo. Conclusão: Os resultados iniciais mostraram que há capacidade de adesão nas amostras do sistema raceway, pois é necessário um número mínimo de 103 (3 Log UFC/mL) células. Durante as primeiras horas, o stress sofrido devido ao armazenamento, faz com que ocorra uma fase de adaptação ao meio. Com o avanço do tempo, a partir de 10h, pode-se considerar que houve um processo de formação de biofilme, pois os valores atendem o mínimo de 106 (6 Log UFC/mL) células.


Palavras-chave:  Adesão, Biofilme, Surubim híbrido