Resumo

Introdução: A piscicultura brasileira tem apresentado nos últimos anos grande intensificação da produção. Porém, essa intensificação pode ser responsável pelo surgimento de doenças, devido a fatores como, elevada densidade populacional, alta taxa de matéria orgânica e baixos níveis de oxigênio dissolvido. Métodos para produção do surubim híbrido ainda estão em desenvolvimento, enquanto isso surgem problemas sanitários que influenciam na queda da produtividade, principalmente, na fase inicial de criação. Tem-se identificado em peixes e outros produtos marinhos, inúmeros microrganismos patogênicos, dentre eles Enterococcus sp., estando relacionado com a qualidade da água e/ou conservação do pescado. Sendo assim, o estudo das enfermidades que acometem alevinos é de suma importância visto que podem ocasionar prejuízos em cultivo intensivo. Métodos: Foram utilizadas 12 amostras de alevinos de surubim híbrido de uma unidade produtora localizada na cidade de Bandeirantes, estado do Mato Grosso do Sul, transportadas até o laboratório e armazenadas sob refrigeração. Após o corte das amostras, foi adotado como metodologia o protocolo APHA, sendo utilizado como meio o Ágar m-Enterococcus (Acumedia). Colônias características foram selecionadas para a realização de testes bioquímicos. Resultados: Do total de amostras, 67% apresentaram isolados característicos para Enterococcus sp., responsável por epidemias bacterianas na piscicultura. Estes isolados foram armazenados para posterior análise e identificação molecular. Conclusão: Algumas bactérias do gênero Enterococcus sp. são responsáveis por surtos de mortalidades em peixes, desta forma o diagnóstico da presença destes microrganismos é importante na fase inicial de criação para evitar enfermidades nas fases subsequentes do sistema super intensivo de produção.