XXI ALAM
Resumo:1418-1


Poster (Painel)
1418-1Avaliação de técnicas de identificação de cepas selvagens de Shigella spp. isoladas no Estado do Amazonas
Autores:Maria Carolina Scheffer (UFAM - Universidade Federal do Amazonas / ILMD-FIOCRUZ - Instituto Leônidas e Maria Deane) ; Paula Taquita Serra (UFAM - Universidade Federal do Amazonas / ILMD-FIOCRUZ - Instituto Leônidas e Maria Deane) ; Carolinie Batista Nobre da Cruz (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Ivanildes dos Santos (ILMD-FIOCRUZ - Instituto Leônidas e Maria Deane) ; Marina Baquerizo Martinez (USP - Universidade de São Paulo) ; Débora Noma Okamoto (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Lilian Oliveira (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Luiz Juliano Neto (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Patrícia Puccinelli Orlandi (ILMD-FIOCRUZ - Instituto Leônidas e Maria Deane / UFAM - Universidade Federal do Amazonas)

Resumo

Shigella spp. são enterobactérias pertencentes à tribo Escherichia, similares à Escherichia coli, podendo ser igualmente causadora de diarréia em crianças e adultos e sendo também transmitida mais comumente via fecal-oral; porém, é considerada mais infecciosa em função da diminuta quantidade de inóculos necessária para que se estabeleça uma infecção. Em função da necessidade de informação a respeito das cepas presentes na região amazônica e da eminente dificuldade de identificar corretamente cepas selvagens, a proposta deste trabalho foi de avaliar técnicas de identificação clássicas e moleculares para a identificação de Shigella spp. isoladas no Estado do Amazonas. Foram selecionados 45 isolados provenientes de: a) amostras de fezes de crianças com diarréia, com idade entre 0-10 anos, que procuraram hospitais de Manaus entre agosto de 2007 a julho de 2009; e b) amostras de fezes (adultos e crianças) e amostras de água de moradias do assentamento Rio Pardo – Município de Presidente Figueiredo, coletadas em outubro de 2009. Como padrão foi utilizada a cepa M90T de Shigella flexneri. As cepas selvagens foram primeiramente isoladas em meio SS e XLD e seguiram para os demais meios de identificação. Na tentativa de identificar corretamente as espécies isoladas, foram realizadas até o presente momento, 7 técnicas diferentes e complementares: teste bioquímico “caseiro”, painel para identificação de enterobactérias da PROBAC®, sistema automatizado para identificação bacteriana VITEK 2 da bioMérieux®, técnica de aglutinação em lâminas com soros para Shigella (PROBAC®), identificação por análise de proteínas pela técnica MALDI-TOF (Matrix Assisted Laser Desorption Ionization-Time of Flight) em espectrômetro de massas, sequenciamento do gene RNAr 16S e do gene DNA girase gyrB. Foi observado que todas estas técnicas identificam com precisão a cepa padrão. Porém, quando foram analisados os isolados selvagens deste estudo, com exceção do sequenciamento do gene gyrB, as outras técnicas não apresentaram resultados com 100% de precisão ao diferenciar espécies intimamente relacionadas, como Shigella spp. e Escherichia coli.


Palavras-chave:  16S, gyrB, Shigella