XXI ALAM
Resumo:1411-1


Poster (Painel)
1411-1Avaliação de técnicas de biorremediação em solo contaminado por óleo diesel na Península Keller, Antartica.
Autores:Hugo Emiliano de Jesus (UFRJ - Universidade Federal do Rio de janeiro) ; Juliano Cury (UFSJ - Universidade Federal de São João Del-Rei) ; Raquel Silva Peixoto (UFRJ - Universidade Federal do Rio de janeiro) ; Alexandre Soares Rosado (UFRJ - Universidade Federal do Rio de janeiro)

Resumo

Muitas áreas no continente antártico ja sofrem efeitos diretos e indiretos da ação humana. A Península antártica faz parte da Antártica marítima e apresenta os maiores níveis de contaminação por hidrocarbonetos, metais pesados e compostos organoclorados devido à intensa atividade humana presente nas estações de pesquisa instaladas na região. O solo utilizado neste estudo foi impactado por um derramamento de 20 mil litros de óleo diesel próximo a Estação brasileira (EACF), localizada na Ilha Rei George. Neste trabalho, um experimento de microcosmo in situ foi realizado durante o verão austral de 2011 com o objetivo de testar soluções biorremediadoras a partir do aumento na biomassa bacteriana autóctone e também pela adição de fertilizantes, separadamente e em conjunto, nos solos com contaminação crônica e recente. Após 45 dias de incubação as amostras de solo foram congeladas a -20°C e transportadas até o Brasil. As amostras foram analisadas quanto ao teor de carbono e nitrogênio total, perfil molecular (DGGE) para os genes 16S bacteriano (rrs), 16S de archaea e alkB, além da quantificação do gene 16S bacteriano (rrs) pela técnica de PCR em tempo real. O teor de nitrogênio foi elevado consideravelmente nos tratamentos com adição de fertilizante e coincidiu com a diminuição do teor de carbono, podendo ser um indício de aumento na biodegradação de hidrocarbonetos. A analise de DGGE revelou alterações significativas no perfil molecular para o gene bacteriano 16S rrs e alkB, além de apresentar uma relação direta com os tratamentos testados. Diferentemente do marcador filogenético 16S de archeae, que parece não ter sido afetado diretamente pela contaminação. O sequenciamento das estirpes utilizadas no consórcio bacteriano revelou alta similaridade com estirpes do gênero Pseudomonas, Rhodococcus e Acinetobacter. O PCR em tempo real mostrou diminuição no número de cópias do gene bacteriano 16S (rrs) para todos os tratamentos testados, quando comparado a amostra controle. Percebemos que as alterações nas comunidades bacterianas desses solos estão relacionadas com o tipo de tratamento proposto, mas o nível e o tempo de contaminação parece ter grande influencia para que ocorra uma remediação eficiente, mostrando a importância de cada estação de pesquisa desenvolver estratégias de recuperação imediata para o caso de derramamentos acidentais de óleo combustível.


Palavras-chave:  Biorremediação, Bactérias, solo, Antártica, hidrocarbonetos